FONTE: , em Washington (noticias.uol.com.br).
É mais um passo notável em uma longa luta
contra o vírus da imunodeficiência adquirida (HIV). Os Estados Unidos e seus
sócios globais têm trabalhado por uma geração livre da Aids, algo que há apenas
uma década seria algo inimaginável.
Há muito tempo, a transmissão da doença
da mãe para o bebê tem sido uma forte preocupação entre os governos e
organismos que trabalham para controlar a propagação do vírus.
Porém, novos medicamentos e tratamentos
antirretrovirais mais eficazes permitem atualmente diminuir o risco de
transmissão do vírus da mãe para o bebê de 30 para 2% durante a gestação ou a
amamentação, explicou Eric Goosby, coordenador global do Plano de Emergência
para a Luta contra a Aids (PEPFAR, na sigla em inglês).
O nascimento do milionésimo bebê sem HIV
será proclamado nesta terça-feira (18) como parte da comemoração que marca o
décimo aniversário da PEPFAR.
"Cerca de 430 mil bebês nascem
anualmente com HIV e este projeto se intensificou nos últimos três anos em
colaboração com o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) e
com o Unicef", afirmou Goosby.
"O programa tem como objetivo
eliminar virtualmente o HIV pediátrico até 2015 e manter as mães vivas",
acrescentou, com a meta de reduzir o número de bebês que nascem com a síndrome,
que gira em torno de 30 mil por
ano.
Isso envolve não só identificar a mãe,
mas oferecer a ela acompanhamento médico durante a gravidez e também nas
gestações posteriores - o que nem sempre é uma tarefa fácil na África rural.
O secretário de Estado americano John
Kerry, que presidirá a cerimônia, planeja anunciar que 13 países, do Botswana
ao Zimbábue, estão perto do "ponto de inflexão", quando o número de
pessoas que contraem o HIV em um ano fica abaixo do número de pessoas em
tratamento.
Na Etiópia e no Malauí, a diferença entre
novas infecções do vírus HIV e o crescimento de pacientes em tratamento é de
apenas 0,3%. Os números são surpreendentes. A Etiópia registrou apenas 11 mil
novos casos de HIV em adultos em 2011.
Lançado pelo presidente George W. Bush, o
orçamento da PEPFAR tem aumentado gradualmente até chegar a, aproximadamente,
5,5 bilhões de dólares por ano.
Embora ainda haja cerca de 1,7 milhão de
mortes relacionadas à Aids anualmente, o programa dos Estados Unidos apoia o
tratamento de mais de 5,1 milhões de pessoas.
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