FONTE: Elioenai Paes/iG São Paulo, TRIBUNA DA BAHIA.
Um comportamento que pode causar graves
danos à saúde do cérebro e às relações sociais do jovem está rondando os
estudantes brasileiros. De acordo com um levantamento feito pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 21,8% dos adolescentes entre 13 e
16 anos já experimentaram a sensação do porre e as consequências do consumo
excessivo de álcool.
Os dados são da Pesquisa Nacional de Saúde
do Escolar (PeNSE), um mapeamento sobre saúde e comportamento de adolescentes
feito ao longo de 2012 com 109 mil estudantes entre 13 e 16 anos, do 9º ano do
ensino fundamental de 3 mil escolas públicas e privadas do País. O intuito da
pesquisa foi descobrir como os estudantes brasileiros se comportam em relação a
diversos temas do dia a dia do adolescente.
Por meio de questionários eletrônicos
respondidos anonimamente pelos alunos, a pesquisa revelou que 66% dos
adolescentes entrevistados já haviam provado álcool. As festas (36,0%),
seguidas pelos encontros com amigos (20,9%), foram as duas ocasiões mais
citadas pelos adolescentes como a porta de entrada para o consumo de bebidas
alcoólicas.
A pesquisa revelou também que
16,6% dos adolescentes compraram álcool no mercado, loja ou bar, e 9,1% consumiram na própria casa. O levantamento
mostrou ainda que 21,8% dos adolescentes já se embriagaram ao menos uma vez na
vida, sendo os alunos de escola pública os que mais relataram consumir álcool
(26,7%) – entre os estudantes de escolas privadas o consumo ficou em 23%.
Outro dado levantado foi o uso de drogas
ilícitas, como a maconha, cocaína, crack, cola, loló, lança-perfume e ecstasy:
7,3% dos entrevistados já consumiram algum desses entorpecentes.
A Pesquisa Nacional de Saúde do
Estudante abordou também a preocupação dos adolescentes com a autoimagem – a
adolescência é um período de transição em que os sentimentos de inadequação
tendem a gerar conflitos internos. Os dados revelaram que 61,9% declararam
estar em peso normal, mas 22% se achavam magros ou muito magros e 16,2%
se consideram gordos ou muito gordos.
Ainda no quesito imagem corporal,
um dado preocupante: 6% dos adolescentes entrevistados afirmaram já terem
recorrido ao vômito ou ao uso de laxantes para perder peso e 6,2% já haviam tomado medicamentos, fórmulas ou
produtos diversos para ganhar massa muscular ou engordar.
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