Cerca de um terço das mulheres em todo o mundo já foi agredida
física ou sexualmente pelo parceiro, de acordo com a Organização Mundial da
Saúde (OMS).
Em uma série de artigos divulgados quinta-feira (20),
especialistas estimam que cerca de 40% das mulheres assassinadas pelo mundo
foram mortas por um parceiro íntimo.
Os estudos também mostram que a agressão por parte de um
parceiro é o tipo mais comum de violência sofrida pelas mulheres.
"A violência contra as mulheres é um problema global
de saúde de proporções epidêmicas", afirmou a diretora-geral da OMS,
Margaret Chan, em um comunicado.
Pela definição da OMS, a violência é configurada quando a
mulher é golpeada, empurrada, perfurada, sufocada ou atacada com uma
arma.
Já a violência sexual é quando uma mulher é fisicamente
forçada a ter relações sexuais, quando tem medo da reação do parceiro ou quando
é obrigada a fazer algo sexual considerado humilhante ou degradante.
Segundo o relatório, 7% das vítimas foram agredidas por
alguém que não era um parceiro.
Em conjunto com o relatório, a OMS emitiu orientações de
como as autoridades devem proceder para detectar problemas mais cedo. A
organização também disse que todos os profissionais de saúde devem ser
treinados para reconhecer quando as mulheres podem estar em risco e como
responder de forma adequada.
O relatório foi baseado em grande parte em estudos feitos
entre 1983 e 2010. De acordo com as Nações Unidas, mais de 600 milhões de
mulheres vivem em países onde a violência doméstica não é considerada um crime.
A taxa de violência doméstica contra as mulheres foi
maior na África, no Oriente Médio e no Sudeste da Ásia, onde 37% das mulheres
sofreram violência física ou sexual de um parceiro em algum momento de sua
vida.
A taxa foi de 30% na América Latina e 23% na América do
Norte. Na Europa e na Ásia, foi de 25%.
*** Com AP.
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