FONTE: Da Agência Brasil, (economia.uol.com.br).
Pelo relatório, 54% do desperdício de comida no mundo ocorre na fase inicial da produção –na manipulação, após a colheita e na armazenagem. Os restantes 46% de perdas ocorrem nas etapas de processamento, distribuição e consumo. Os produtos que se perdem ao longo do processo variam em cada região.
O diretor-geral da FAO, o brasileiro José Graziano da Silva, afirmou que, além do impacto econômico, o desperdício de alimentos afeta diretamente populações em todo o mundo.
"Não podemos
permitir que um terço de todos os alimentos que produzimos seja perdido ou
desperdiçado devido a práticas inadequadas, enquanto 870 milhões de pessoas
passam fome todos os dias", disse.
Medidas
preventivas devem ser adotadas.
Graziano afirma ainda
que medidas preventivas devem ser adotadas por todos – agricultores,
pescadores, processadores de alimentos, supermercados, os governos locais e
nacionais, assim como os consumidores.
"Temos que fazer mudanças em todos os elos da cadeia alimentar humana para impedir que ocorra o desperdício de alimentos. Em seguida, temos de promover reutilização e reciclagem", disse.
Graziano afirmou que há situações que provocam o desperdício de alimentos devido a "práticas inadequadas" na produção. Ele declarou que a FAO criou um manual que mostra medidas adotadas por governos nacionais e locais, agricultores, empresas e consumidores para resolver o problema.
O diretor-executivo do Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), Achim Steiner, disse que o ideal é buscar o caminho da sustentabilidade, ao qual devem aderir todos os que participam da cadeia alimentar –do produtor ao consumidor.
Problemas
em todo o mundo.
Na Ásia, o problema
são as perdas envolvendo os cereais, em particular, o arroz. O prejuízo com carne
é menor, segundo os dados. Porém, os resíduos de frutas contribuem
significativamente para o desperdício de água no continente asiático, assim
como na Europa e na América Latina.
Nos países em desenvolvimento, os maiores prejuízos ocorrem na fase após a colheita. A FAO recomenda que seja feito um esforço coletivo para orientar as colheitas e equilibrar a produção com a demanda. Também faz sugestões sobre a reutilização e recuperação de alimentos. Uma síntese do estudo, publicado hoje, está na página da organização, em inglês.
Na África central, as plantações de mandioca são responsáveis por desmatamento na região, apesar de, por ser raiz, não afetar a biodiversidade e ser plantada em monoculturas.
Recentemente, a FAO
publicou um estudo em que a mandioca é considerada o alimento do futuro. Segundo
a organização, é um tubérculo com "grande potencial" e pode se transformar no principal cultivo do século 21
se for realizado um modelo de agricultura sustentável que satisfaça o aumento
da demanda.
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