Estudo da Unifesp
recomenda ida ao dentista como parte do pré-natal; grávidas são mais propensas.
Sabe
quando você tem uma longa viagem pela frente e inclui entre os preparativos ir
ao dentista? Raciocínio semelhante deveria ser aplicado durante a gestação.
Estudo divulgado recentemente pela Unifesp reforça a importância de se incluir
exames odontológicos no pré-natal e alerta sobre a falta de orientação a
gestantes.
Doenças bucais podem, por exemplo, levar ao parto prematuro e
influir no baixo peso do bebê. “As bactérias da gengivite e da periodontite
escapam para a circulação e, no corpo da gestante, conseguem se fixar na
placenta, tecido que envolve o bebê dentro do útero. Como uma reação para
salvar a criança, o corpo entende que precisa antecipar o trabalho de parto”,
explica a doutora Andrea Beder, filha de Vilma e Marcelo, mestre em
implantodontia, cirurgiã trauma buco maxilo facial.
Durante a gravidez as inflamações
nas gengivas podem piorar por causa das alterações hormonais que modificam o
equilíbrio normal da boca. Escovar bem os dentes, como sempre, é fundamental.
“As mulheres ficam sensíveis emocionalmente e acaba consumindo mais doces,
aumentando a acidez bucal, ambiente perfeito para a proliferação de bactérias”,
complementa o dr. Milton Raposo Jr, pai de Cintia e Bruna, especialista em
estética facial dental e reabilitação oral. “A ansiedade, medo, mitos e crenças
que rodeiam as mamães também dificultam a importância sobre a necessidade dos
cuidados”, acredita ele. Crenças e mitos de que o tratamento odontológico
realizado durante a gravidez prejudica o desenvolvimento do filho ainda acompanham
mulheres e atrapalham o cuidado com a saúde bucal neste período. Veja as
respostas às dúvidas mais comuns:
Quando iniciar o tratamento com
segurança para o bebê?
O segundo trimestre gestacional
seria a melhor fase para tratar a gestante, pela sua estabilidade física e
psicológica. Assim é possível evitar desconfortos, como náuseas, provocadas por
instrumentos ou odores dos produtos utilizados durante o tratamento.
Se a mãe tem alergia a estes
produtos, como seguir o tratamento?
Graças às farmácias de manipulação
há produtos antialérgicos e sem cheiro e sabor para ajudar a mãe. Converse com
seu dentista.
Gestantes podem tomar anestesia
bucal?
Sim, o grande vilão para as
grávidas eram os anestésicos locais, mas hoje temos diversos tipos de
anestésicos locais específicos para elas, bem como para cardíacos, por
exemplo.
A mãe que não sente incômodo na
gengiva ou nos dentes, mesmo assim pode apresentar estes problemas?
Sim. A gengivite e periodontite
não apresentam sinais e quando descobertas já estão em estágio avançado.
O tratamento pode ser realizado
no terceiro trimestre de gestação?
Sim, porém se devem respeitar
algumas regras porque neste período a mamãe está ansiosa devido à proximidade
do parto.
E quais são estas regras?
Não reclinar muito a cadeira
odontológica, evitando o desconforto da gestante e até mesmo dificuldade de
respirar devido à posição. Os tratamentos devem ser rápidos e de preferência
pela manhã. A grávida deve tomar café da manhã antes de começar o tratamento,
para equilibrar o nível de glicose no organismo. O consultório deve estar
equipado com banheiros especiais e entender que o tratamento pode ser
interrompido, devido à necessidade da paciente de urinar.
Consultoria: Unifesp; doutora Andrea Beder,
filha de Vilma e Marcelo, mestre em implantodontia, cirurgiã trauma buco maxilo
facial e especialista em apneia do sono, do Instituto Alpha; doutor Milton
Raposo Jr, pai de Cintia e Bruna, especialista em estética facial dental e
reabilitação oral na MR Estética Dental.
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