FONTE: Folhapress, CORREIO DA BAHIA.
Segundo
o projeto, as manifestações também precisam ser comunicadas previamente às
autoridades policiais.
Um projeto de lei
proposto na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) quer desmascarar
os “black blocs” nas manifestações no Estado. Se aprovada pelos deputados e
sancionada pelo governador Sérgio Cabral (PMDB) na próxima terça-feira, a nova
norma irá banir o anonimato nas ruas, que muitas vezes facilita atos de
vandalismo.
Publicado ontem no “Diário Oficial” do Legislativo, o projeto 2.405 partiu dos
deputados Domingos Brazão e Paulo Melo, presidente da Alerj, ambos do PMDB.
Para justificar a lei, os parlamentares elogiaram o “direito constitucional de
manifestação de pensamento” dos ativistas, mas criticaram os “mascarados e armados
que se infiltram nessas reuniões públicas a fim de cometer crimes”.
A proposta foi
apresentada em regime de urgência na última quinta-feira na Alerj e publicada
no dia seguinte no “Diário Oficial” do Estado. Segundo o projeto, as
manifestações também precisam ser comunicadas previamente às autoridades
policiais. A regra, no entanto, não especifica a antecedência do aviso.
O projeto de
lei proíbe o “porte ou uso de quaisquer armas e inclui, ainda, pedras, bastões,
tacos e similares. Desde junho, quando começaram os protestos, pedras
portuguesas, lixeiras, paus, vasos de plantas e coquetéis molotovs têm sido
arremessados por vândalos contra policiais.
O texto dos
deputados destaca que “fica especialmente proibido o uso de máscara ou qualquer
outra forma de ocultar o rosto do cidadão com o propósito de impedir sua
identificação”. “É vedada qualquer forma de anonimato no exercício do direito
constitucional à reunião pública para manifestação de pensamento”, finaliza.
Na próxima
terça, será preciso no mínimo 36 dos 70 deputados em plenário para que o
projeto de lei seja votado e, se aprovado pela metade dos parlamentares,
encaminhado ao governador Sérgio Cabral. A reportagem tentou localizar os
deputados Paulo Melo e Domingos Brazão para comentar a proposta, mas eles não
foram encontrados.
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