FONTE: Redação (www.universal.org).
Saiba o que dizem os cientistas sobre isso.
Várias pesquisas são realizadas todos os anos sobre os
efeitos da solidão na saúde física e mental das pessoas. A conclusão: ela pode
até matar, segundo estudos feitos nos Estados Unidos.
A opressão psicológica causada pelo baixo ou inexistente
convívio com parentes e amigos acaba por enfraquecer o corpo, tornando-o um
alvo fácil para doenças.
Um estudo da Universidade de Chicago, por exemplo, mostra
que a solidão mata até duas vezes mais que a obesidade. Uma pessoa sozinha tem
sua pressão arterial mais elevada, chegando a níveis perigosos: aqueles que a
aproximam de acidentes vasculares cerebrais (AVCs) e ataques cardíacos. Além
disso, também há prejuízo para a imunidade, maior tendência à depressão e até
perda da qualidade do sono. A experiência foi feita com pessoas com mais de 50
anos.
Outra experiência, feita pela Universidade da Califórnia,
determinou que pessoas muito sozinhas correm 10% mais riscos de morte ou têm
12% mais probabilidade de comprometimento das atividades motoras na terceira
idade – o que compromete severamente a qualidade de vida.
Há quem viva sem um cônjuge e sofra com isso. Mas outros,
embora casados e até com filhos, também podem se sentir sozinhos. Em ambos os
casos, muitos têm poucos (ou péssimos) contatos com amigos e parentes, abrindo
as portas para pensamentos negativos e problemas.
Com vista nisso, uma das principais preocupações de iniciativas como o
Projeto Calebe, voltado para os idosos da Universal, é com a solidão. Frequentemente, atividades de cunho sociocultural
movimentam o pessoal, e os que se refugiam em casa recebem visitas. Os Calebes
não dão espaço para o desânimo, e ganham em qualidade de vida.
Solução.
Mas há quem encontre na vida em Deus o remédio para a
solidão bem antes da velhice. Debora Botelho (fotoao lado), uma
jovem enfermeira de Ubatuba (litoral de São Paulo), por exemplo, aos 27 anos
está livre dos problemas que a solidão lhe trazia. Mas isso não quer dizer que
foi fácil.
Filha de pais separados, sua mãe vivia deprimida e o pai
era ausente, dando a ela apenas o suporte financeiro. Um simples abraço dele
era um desejo praticamente inalcançável. A figura masculina fazia falta ao seu
desenvolvimento. Os namoros não vingavam. Tentava preencher o vazio em festas e
lugares badalados. Mesmo assim, acabava a balada, vinha o vazio. E mesmo
durante a animação, vinha a pergunta clássica: “O que estou fazendo aqui?” E os
problemas “lá fora” do ambiente festivo continuavam: dificuldades em encontrar
trabalho e vida sentimental péssima.
Numa virada de ano, a irmã dela, que frequentava a
Universal, chamou-a para a reunião daquela noite. Foi naquele momento que tudo
começou a mudar.
Hoje, esperar pela pessoa certa para uma vida a dois já
não é uma angústia para Debora, pois ela aprendeu que sua felicidade não está
atrelada a isso. Deus supriu aquele insistente vazio. “Meu coração está curado.
A ausência do meu pai não me afeta mais.” O contato com as pessoas é outro. Não
é mais sofrido, com aquela carência de antes, que afastava ao invés de atrair.
Cercada de gente e sozinha.
Também do litoral paulista é Gilvaneide da Silva (foto ao lado),
cabeleireira de Praia Grande. O caso dela é ainda pior: sentia-se sozinha
enquanto solteira, mesmo numa família com dez irmãos. A mais velha entre eles,
Gilvaneide constantemente se achava pressionada pela mãe a fazer os serviços
domésticos incessantes. Achou que, saindo de casa, resolveria o problema.
Começou a trabalhar ainda na adolescência, numa
confecção, como costureira. O ofício não a satisfazia. Casou-se aos 17 anos só
para sair da casa da mãe, mas não sentia que gostava do marido. Mesmo assim,
teve dois filhos. Ela não sentia, porém, que tinha uma família de verdade. Os
problemas se agravaram – financeiros, sentimentais e físicos. Trabalho faltava,
dinheiro acabava. O casal foi morar de favor numa casa de praia de um
conhecido. Não se divorciavam por causa dos filhos. Gilvaneide se envolveu com
trabalhos de feitiçaria.
Ela chegou a querer dar cabo da própria vida. Até tentava
se aproximar do marido, mas, quando chegava perto dele, não entendia: sentia
até vontade de matá-lo, e se afastava. Eis que ele assistiu a uma programação
da Universal na tevê e resolveu ir a uma reunião. Enquanto a esposa via vultos,
ouvia vozes e até descarregava nos filhos, o marido mudava a olhos vistos. Ele
mesmo tentava se aproximar às vezes, e ela corria. Ela brigava com os filhos,
ele defendia. Ela o ofendia, e o homem nunca revidava. Um dia, ele a convenceu
a ir a uma reunião.
A cabeleireira passou a ver o marido com bons olhos. Mesmo
quando ela se irritava, ele não deixava a esposa ir além, carinhosamente. A
antes irritada e “brinquedo” de maus espíritos passou, depois de ser liberta, a
ser uma mulher que tinha orgulho do marido. Os filhos logo entraram em sintonia
com o casal feliz. Enfim, eram uma família, e não só uma casa cheia de gente,
como nos tempos de solteira e no início do casamento. Não havia mais solidão.
Hoje, dona de um salão de beleza, sabe que não está sozinha, perto ou longe dos
entes queridos. Seu sorriso mostra isso a todo momento.
Como os trabalhos dos cientistas norte-americanos
mostram, a solidão pode mesmo matar. Como ambas as histórias das mulheres acima
mostram, essa morte pode não ser só física. Antes de elas entenderem que
realmente não eram sozinhas, estavam mortas mesmo enquanto respiravam e seus
corações batiam, pois não podiam chamar de vida aquela sequência constante de
decepções e infelicidades.
Hoje, sabem a diferença. E mostram que muitos outros
podem descobri-la.
“... eu vim para que tenham vida e a tenham em
abundância.” João
10.10
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