FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.
Sirenes
de ambulâncias; tráfego intenso; obras em
edifícios; britadeiras furando o asfalto; carros de
som; boates;shows, música altíssima nos fones de ouvido.
A
'overdose sonora' a que somos submetidos, voluntária ou involuntariamente, pode
trazer consequências nada agradáveis à audição, principalmente para os mais
jovens, que já incorporaram o hábito de ouvir diariamente música por meio de
fones que conduzem o som alto diretamente ao canal auditivo.
E são
os próprios médicos e fonoaudiólogos que alertam: a juventude deve ter mais
consciência quanto aos riscos do som alto e proteger a audição sob pena de ter
perda auditiva antes de envelhecer.
Para
muitos jovens, ouvir música por meio de fones de ouvido dá mais
disposição para 'malhar' nas academias. Mesmo ao andar nas ruas ou no
transporte coletivo, eles acham que a música alta ajuda a abafar o barulho do
trânsito, além de proporcionar bem-estar.
Mas essa geração da tecnologia, que não larga
os smartphones, dependerá mais de aparelhos de audição no futuro.
Isso porque se expor a uma intensidade sonora acima de 80 decibéis ao
longo do dia, todos os dias, pode provocar danos irreversíveis na audição com o
passar do tempo.
A fonoaudióloga Marcella Vidal, da Telex Soluções Auditivas, ressalva, no entanto, que as consequências do uso frequente de fones de ouvido não são as mesmas para todos. Variam de acordo com o período de exposição sonora e a predisposição genética de cada indivíduo.
A fonoaudióloga Marcella Vidal, da Telex Soluções Auditivas, ressalva, no entanto, que as consequências do uso frequente de fones de ouvido não são as mesmas para todos. Variam de acordo com o período de exposição sonora e a predisposição genética de cada indivíduo.
"Recomendamos
aos jovens que usam fones de ouvido com muita frequência que façam
uma avaliação chamada audiometria. É o exame que informa se o paciente já
apresenta perda de audição e como deve proceder, a partir daí, para evitar
o agravamento do problema", aconselha a fonoaudióloga da Telex,
especialista em audiologia.
"Quanto
mais cedo for detectada a perda auditiva, melhor. Quando o dano à audição ainda
é pequeno e o otorrinolaringologista indica o uso de aparelhos, sugerimos
um bem pequeno e discreto", explica.
Até
mesmo em casa estamos expostos a ruídos intensos: televisão, rádio e aparelhos
de som em alto volume, liquidificador, aspirador de pó, secador de cabelo, tudo
isso pode provocar perda de audição ao longo do tempo, se não nos resguardarmos
quanto ao excesso de barulho.
De
acordo com estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS), 360 milhões de
pessoas sofrem de perda de audição no mundo. A médica da OMS, Regina Ungerer,
defende medidas de prevenção, principalmente para quem mora em centros
urbanos, por causa da exposição a ruídos acima de 80 a 90 decibéis.
“Temos
que estar numa faixa sempre abaixo disso, mas quem mora em cidades
grandes, com muito barulho de carros, ônibus, buzinas, e
até quem convive com o volume alto nos fones, que de uns 15 anos para cá
estão nos ouvidos de uma grande maioria, tem que tomar cuidado. Tudo isso, em
conjunto, pode provocar surdez em tempo menor do que antigamente”, explica.
Infelizmente,
é comum que o indivíduo só procure tratamento quando o caso já está mais grave.
Qualquer dano à audição vai se somando ao longo do tempo e os efeitos podem não
ser logo sentidos.
Depois
do diagnóstico do médico, cabe aos fonoaudiólogos indicar qual tipo e modelo de
aparelho são indicados para atender às necessidades do deficiente auditivo.
“Hoje
em dia, a tecnologia e o design moderno dos aparelhos estão ajudando a derrubar
preconceitos. Já existe uma diversidade de modelos de aparelhos auditivos, como
os da Telex, alguns completamente invisíveis no ouvido, que não trazem nenhum
constrangimento a quem os usa”, conclui a fonoaudióloga Marcella
Vidal.
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