FONTE: Daniela Pereira, TRIBUNA DA BAHIA.
Com
1.913 novos casos de diagnósticos até o último dia 30 de outubro, a hanseníase
ainda é uma doença que preocupa a população baiana. Os casos são distribuídos
de forma heterogênea, porém as regiões norte, oeste e extremo sul são as que
mais apresentam elevadas taxas no estado. Contudo, a identificação de casos em
menores de 15 anos tem relação com doença recente e focos de transmissão
ativos, sendo o acompanhamento epidemiológico relevante para o controle da
hanseníase.
O
último domingo do mês de janeiro é considerado pelo Ministério da Saúde (MS) o
Dia Nacional de Combate à Hanseníase, uma das doenças de pele mais antigas da
história da medicina.
De
acordo com dados da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) em 2013 foram
diagnosticados 2.227 casos novos, destes 162 ocorreram na população de 0 a 14
anos. No período entre 2004 a 2013, constatou-se uma redução de 45,67% na
detecção geral e 44,87% na detecção na população de 0 a 14 anos.
Conscientizar
a população acerca a existência da doença e alertar sobre os primeiros sinais e
sintomas são medidas fundamentais no enfrentamento da hanseníase. Para
isso, “a coordenação estadual do programa de Hanseníase busca implementar as
ações programáticas de modo articulado e integrado com os núcleos regionais de
Saúde e seus municípios de abrangência, guardando-se o respeito à autonomia e
atribuições de cada município”, afirma a Sesab.
Os
1.913 casos novos registrados em outubro têm detonado um coeficiente de
12,65/100.000hab., configurando “alta endemicidade” segundo os parâmetros
oficiais.
O
contágio ocorre através de uma pessoa doente. A transmissão não ocorre em
contatos sociais, sendo necessário convívio prolongado. Diferente do que consta
no imaginário popular, a hanseníase é doença curável, e quanto mais
precocemente diagnosticada e tratada, mais rapidamente se cura o paciente.
Os sintomas da hanseníase, que é uma doença
infecto-contagiosa causada pelo Mycobacterium
leprae, tem evolução lenta, que se manifesta principalmente através de
manchas esbranquiçadas, acastanhadas ou avermelhadas, com alteração de
sensibilidade. Médicos recomendam que ao sentir formigamentos, choques e
cãimbras que evoluem para dormência (pode se queimar ou machucar sem perceber),
a pessoa deve procurar um médico.
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