FONTE: Do UOL, em São Paulo (mulher.uol.com.br).
Beber durante as
primeiras semanas de gestação pode causar danos permanentes ao feto, segundo
estudo realizado pela Universidade de Helsinque, na Finlândia. O problema é
que, nesse estágio, muitas mulheres não estão conscientes de que estão esperando
um bebê.
De acordo com os
cientistas da universidade, logo no início da gestação, a exposição do feto ao
álcool pode causar sintomas de síndrome alcoólica fetal, como crescimento
atrofiado e hiperatividade.
Ainda que o estudo,
publicado no periódico "Plos One", tenha sido feito em ratos, os
pesquisadores afirmam que a conclusão apoia a recomendação de evitar bebidas
alcoólicas durante a gravidez.
Os estudiosos
descobriram que o álcool altera a função dos genes dos bebês de forma
permanente. Pesquisas anteriores já haviam constatado prejuízos à criança, como
aumento do risco de ela ter dificuldades de aprendizagem e deformidades
congênitas.
Para o novo estudo,
liderado pela cientista Nina Kaminen-Ahola, os camundongos fêmeas receberam
álcool nos estágios iniciais da gravidez. Ao se analisar os fetos, descobriu-se
que eles apresentavam sinais de síndrome alcoólica fetal, como menor taxa de
crescimento, mudanças estruturais na face e no crânio e hiperatividade.
A primeira fase da
gravidez é vital, pois é o período em que acontece a divisão e a diferenciação
celular. Todos os diferentes tipos de células que compõem o feto partem de uma
cadeia de DNA semelhante. Mas em cada célula existe um epigenoma original, que
é formado para regular a função de cada gene.
Nessa fase, o embrião
é vulnerável a influências externas, e qualquer alteração pode se espalhar para
tecidos diferentes, enquanto as células se dividem.
Os cientistas também
analisaram o hipocampo dos animais, uma estrutura cerebral importante para a memória
e a aprendizagem e que é particularmente sensível ao álcool.
No estudo, a
exposição precoce ao álcool mudou o epigenoma, bem como a função de vários
genes no hipocampo dos ratos. As mudanças induzidas pela substância também
foram vistas nas estruturas cerebrais da prole quando adulta.
Além das alterações
no hipocampo, o álcool causou mudanças semelhantes na função de genes de dois
tecidos diferentes –da medula óssea e do epitélio olfativo.
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