A candidíase
é uma doença causada pelo fungo Candida, mas a espécie Candida albicans é a mais recorrente, também conhecida
como monilíase ou sapinho. “Cerca de 80% das candidíases que
atingem a boca são causadas por ele”, afirma o professor da Faculdade de
Odontologia de Piracicaba, da Unicamp Márcio Lopes.
Quando
atinge a boca, a doença é também pode ser chamada de candidíase oral. O fungo
se aloja na saliva e você pode passar a vida toda sequer sabendo que é portador
do fungo. “Há casos em que não causa lesão alguma. Cerca de 50% da população
adulta é portador de cândida e não sabe, por exemplo”, lembra. O sintoma
principal é ardência na boca.
Por isso,
não há comportamento de risco a ser evitado. A transmissão do fungo de uma
pessoa para outra é possível através do beijo, mas nada disso garante que você
desenvolverá a doença. É possível ter o fungo e nunca desenvolver. O
fator determinante é a baixa imunidade. Se você estiver saudável e com o
sistema imunológico em ordem, nada deve ocorrer.
O sapinho é
comum em crianças por seu sistema imunológico ainda não estar completamente
desenvolvido. “A suscetibilidade de desenvolver ou não o fungo é o fator mais
importante. Para o diagnóstico, se faz coleta da saliva e exame para verificar
crescimento de fungo, mas não é um exame de rotina”, explica.
Outro grupo
que comumente desenvolve a doença são idosos que utilizam próteses
ortodônticas, as dentaduras. A falta de limpeza na boca e a pouca produção de
saliva, que é normal em idosos, colabora para a proliferação do fungo. “Se
recomenda a higienização das próteses, dormir sem utilizá-las e eventualmente a
troca caso sejam utilizadas há mais de cinco anos”, indica o professor.
Antifúngicos
são os medicamentos utilizados no tratamento da candidíase. Normalmente,
remédios locais são indicados, como cremes e géis. É essencial contar com o
acompanhamento odontológico. São, em média, dez dias de aplicação. “Mantenha a
boca higienizada e lubrificada, pois a boca seca favorece a proliferação do
fungo”, recomenda o professor.
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