Quando o assunto é perda de peso duradoura, não existe
milagre. Você cansou de escutar isso aqui em BOA FORMA. Mas foi só o ex-BBB
Rodrigo Carvalho postar nas redes sociais fotos impressionantes de antes e
depois de sua mulher, Thais Machado, que a internet veio abaixo no fim do ano
passado: 10 quilos a menos em apenas 20 dias! De lá para cá, famosas e anônimas
passaram a aderir à prática capaz de eliminar quilos extras em tempo
recorde. A Dieta do hCG, hit nos anos
1970, voltou com força total. Não é à toa: de todos os programas de
emagrecimento express, ela se supera ao prometer não só enxugar peso mas também
atacar justamente as gordurinhas localizadas, que insistem em grudar nos
culotes ou que formam aquela bananinha bem abaixo do bumbum. Parece perfeito, mas a maioria dos especialistas
condena a prática. Vem saber por quê.
Funciona assim: só vale consumir 500 (!) calorias por dia
e, para aguentar o tranco – forte, vamos combinar –, é preciso injetar
diariamente um hormônio, o gonadotrofina coriônica humana (ou hCG, na sigla em
inglês), que também pode ser manipulado na forma de pílula de uso sublingual.
Produzido naturalmente durante a gravidez, ele mobiliza as reservas de gordura da mãe para
alimentar o bebê. O objetivo: o hormônio simular uma gestação durante a dieta
e, assim, obrigar o organismo a buscar energia até nos lugares mais difíceis,
onde se esconde a gordura localizada. Nesse período, com duração de 23 a 42 dias, os
exercícios (até os mais leves) ficam suspensos – o que parece sensato, não?
Malhar e comer tão pouco é no mínimo loucura! O resultado aparece logo: 15
quilos despachados depois de um mês longe da academia. Opa, quem não quer ver aqueles pneuzinhos resistentes sumirem em poucos dias sem nem levantar um halter?
Calma, porque o preço é alto.
Promessas X Entregas.
A promessa:
derreter até 15 quilos em um mês.
A entrega: qualquer dieta de 500 calorias por dia proporciona essa perda de peso.
A promessa: o hormônio tira a fome.
A entrega: não existe comprovação científica de que o hCG age na percepção da saciedade. Muitas pessoas abandonam a dieta no meio do caminho porque ficam famintas.
A promessa: o uso do hCG é totalmente seguro.
A entrega: todo medicamento traz riscos. Os perigos do hormônio sintético, descritos na bula, são aumento do risco de tromboembolismo, infarto, embolia pulmonar e AVC.
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