FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.
Os linfomas não-Hodgkin podem ser agressivos.
Diante da
revelação de que o ator Edson Celulari está tratando
um linfoma não-Hodgkin (câncer no sistema linfático), a doença
chamou a atenção do país todo.
Apesar de não estar
entre os cânceres mais comuns, estima-se uma incidência de 20 casos
por 100 mil habitantes nos Estados Unidos, resultando em aproximadamente 72 mil
novos casos de linfoma não-Hodgkin por ano. Os dados são da
SEER, data base do governo americano. No Brasil não temos números
definidos.
As células do sistema
imune, os linfócitos, se tornam malignas e dão origem aos linfomas, que
podem ser do tipo Hodgkine não-Hodgkin.
Os linfomas não-Hodgkin podem
ser agressivos ou pouco agressivos e de linfócitos B ou T.
O fato curioso é que
na maior parte dos casos não há causas que predispõem ao aparecimento
dos linfomas. “Em uma minoria dos casos, a doença se desenvolve em
cenários mais específicos como em pacientes em uso de drogas
imunossupressoras, no pós-transplante ou em caso de algumas
infecções”, explica o hematologista Phillip Scheinberg do Centro Oncológico
Antônio Ermírio de Moraes, da Beneficência
Portuguesa de São Paulo.
Os linfomas,
geralmente, apresentam com o aumento dos linfonodos, também conhecidos como
ínguas, que podem se manifestar na região do pescoço, axilas, tórax, e/ou
abdômen. Outros sintomas são febre, mal estar geral, sudorese, e
perda de peso. Menos comumente, podem afetar estruturas
que não os linfonodos, como pulmão, fígado, ossos, trato
gastrointestinal e cérebro.
O tratamento
varia de acordo com o grau de envolvimento pela doença e o
seu comportamento (mais ou menos agressivo). Em algumas formas menos agressivas
do não-Hodgkin é possível apenas observar, já nas formas mais agressivas,
sempre é requerido o tratamento inicial com quimioterapia. Drogas
imunoterápicas e terapias-alvo estão entre as novidades da área.
Segundo o
médico Phillip Scheinberg, outra curiosidade é que
infelizmente não há como prevenir este tipo de câncer. “É
preciso estar atento aos sintomas e procurar um médico para que possa ser
realizada uma avaliação e a conduta mais indicada”, orienta o hematologista.
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