FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.
Fobia de avião é duas vezes mais comum no sexo
feminino e, se não tratada, pode levar a outros transtornos ansiosos.
O aviso
de que é “hora de atar cintos, colocar a poltrona na posição vertical e se
preparar para decolagem” para alguns pode ser motivo de grande sofrimento,
funcionando como gatilho para o aparecimento de ansiedade intensa, dificuldade
de respirar, podendo até chegar a um ataque de pânico.
Segundo
o Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (IBOPE), de cada dez
brasileiros, pelo menos, quatro têm medo de viajar de avião.
Essas
pessoas podem ter um transtorno de ansiedade chamado Fobia de Avião ou
Aviofobia, caracterizada por medo intenso, irracional e persistente de viajar
em aviões, definida como um tipo de fobia específica, do tipo situacional.
Embora
as fobias específicas do tipo situacional sejam mais comuns no final da
adolescência, o psiquiatra e diretor médico do Espaço Nelson Pires, Lúcio
Botelho, afirma que crianças também podem experimentar medo intenso de viajar
de avião traduzido por choro, raiva, imobilidade ou comportamento de agarra-se.
“Os
casos de fobias iniciadas na adolescência têm maior risco de perdurar até a
idade adulta e, raramente, apresentam desaparecimento espontâneo”, acrescenta.
Esses
tipos de fobias são predominantes no sexo feminino, na proporção de duas
mulheres para cada homem, segundo o psiquiatra. A postura mais comum da maioria
é de esquiva, deixando de viajar ou, quando possível, fazendo os trajetos de
carro ou ônibus.
“Podemos
dar exemplo do executivo bem-sucedido que trabalha próximo a sua casa e que,
por motivo de uma promoção, necessita se deslocar por grades distâncias. O medo
de voar pode comprometer seu bem-estar físico, psíquico e comprometer sua
ascensão profissional”, explica.
A
ausência de diagnóstico e tratamento adequados para superação do medo pode
levar ao que o especialista chama de “complicações psiquiátricas adicionais,
incluindo outros transtornos ansiosos, depressão, abuso de drogas e álcool”.
A
psicoterapia, associada com técnicas de dessensibilização e de exposição
gradativa às situações e objetos temidos, fazem parte do tratamento desses
casos. Em algumas situações o uso de medicamentos também é indicado.
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