FONTE: FABIANA FUTEMA (maternar.blogfolha.uol.com.br).
Não se assuste se você perceber que
perdeu a vontade de transar logo depois do nascimento do bebê. As mulheres que
amamentam, quase sempre, têm queda do desejo sexual.
Isso acontece porque há um aumento da
prolactina, hormônio da produção do leite, que inibe a produção de estrogênio
durante o pós-parto e amamentação.
“A queda do nível de estrogênio e a
produção de prolactina podem interferir negativamente a libido”, diz o
ginecologista Ricardo Bruno, da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do
Estado de Rio de Janeiro.
Outro problema, segundo ele, é que
também há o ressecamento vaginal neste período, o que aumenta a sensação de
incômodo durante o ato sexual.
“O estrogênio é responsável por
estimular as células da parede vaginal a produzirem o glicogênio, que serve de
alimento para os lactobacilos e que mantém o pH da vagina estável e saudável.
Com menos estrogênio, a parede vaginal fica mais fina e seca, o que pode levar
ao ressecamento. Esse ressecamento vaginal pode causar uma baixa na autoestima,
o que afeta o desejo sexual da mulher”, diz Bruno.
Esses sintomas só vão desaparecer,
segundo o ginecologista, quando a mulher não estiver mais produzindo leite.
O que fazer até lá? O jeito, diz o
médico, é a mulher conversar com o marido e explicar como se sente. Não adianta
querer forçar o sexo sem ter vontade.
“É importante para a mulher
compartilhar com o parceiro o problema que afeta tanto ela quanto a relação.
Dessa maneira, os dois poderão encontrar juntos uma solução”, afirma Bruno.
Segundo ele, o marido precisa ter
muita compreensão sobre esse momento da vida da mulher. “Após o parto, com a
falta de estrogênio e o ressecamento vaginal, a última coisa que a mulher pensa
é em sexo, ainda mais com um bebê mamando o tempo todo.”
Para a questão do ressecamento, ele
sugere o uso de lubrificantes ou hidratantes intravaginais.
“A solução para o ressecamento
precisa ser livre de hormônios para não interferir na produção do leite. As
opções são o uso de lubrificantes no momento da relação ou de hidratantes
intravaginais, que podem ser utilizados em qualquer momento do dia e restauram
a lubrificação natural. Os estrógenos locais, tipo promestrieno, também podem
ser usados”, diz o ginecologista.
Os médicos também podem ajudar
oferecendo soluções que tragam “conforto a esta mulher para que a relação
sexual volte a ser prazerosa”.
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