quarta-feira, 26 de julho de 2017

DÉFICIT DE ATENÇÃO TAMBÉM ESTÁ NO DNA...

FONTE:, Felipe Germano, (http://www.msn.com).



A explosão de vendas do principal remédio contra o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) no Brasil – houve aumento de 775% no seu consumo entre 2003 e 2012, segundo o trabalho confiável mais novo – levanta a hipótese de que muita gente espevitada está sendo rotulada apressadamente.

Mas não dá pra usar esse boom para propagar que o quadro é uma mera invenção da modernidade. “Pesquisas do último Congresso Mundial de TDAH mostram particularidades no cérebro e no DNA de pessoas com a condição”, revela Daniel Segenreich, psiquiatra da Associação Brasileira de Déficit de Atenção. “Acreditamos que o problema vem de fatores ambientais e genéticos”, diz.

Os testes no dia a dia.

Se certos exames flagram mudanças nos genes ou nos neurônios em gente com TDAH, por que não firmar um diagnóstico imparcial com eles? “Essas variações, por si sós, não determinam a doença”, nota Segenreich. Ou seja, o teste pode apontar uma anomalia em sujeitos sem qualquer sintoma.

Os dois lados dessa relação.

Potenciais.
Fim do preconceito: a prova de que a doença tem um componente biológico livra seus portadores do estigma de que são desvairados.

Melhor diagnóstico: no futuro, avaliações específicas talvez ajudem a distinguir o déficit de atenção em casos complexos.

Personalização da prescrição: o genoma e o interior da massa cinzenta certamente reservam indicações sobre quais drogas agem melhor em cada indivíduo.

Perigo.
Desvalorização dos sintomas: não devemos deixar o apelo de exames inovadores colocarem o que o paciente sente em segundo plano.


Este texto foi originalmente publicado em Saúde.

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