Teste
feito com ratos contraria a ideia popular que diz que fumar tem efeito
relaxante.
Fumar pode
aumentar a sensibilidade ao estresse, conforme um estudo feito em ratos pelo
Centro Nacional para a Pesquisa Científica da França(CNRS) e publicado na
terça-feira, 25, na revista "Molecular Psychiatry".
Contrariando a
ideia popular que diz que fumar tem efeito relaxante e que a falta de nicotina
produz estresse, a exposição a esta viciadora molécula pode produzir o efeito
inverso, afirmaram os autores da investigação em comunicado.
Os científicos
avaliaram os níveis de estresse social em roedores, situação que acontece
quando "um destes animais é submetido a repetidas agressões dos
dominantes". Nessa circunstância, alguns ratos bloquearam os receptores de
nicotina, enquanto outros ativaram.
A partir da
avaliação do comportamento e dos parâmetros eletrofisiológicos cerebrais, os
especialistas do CNRS estabeleceram que não aparecem sinais de estresse social
quando os receptores estão bloqueados e no caso contrário eles foram
amplificados.
"Os
pesquisadores também puderam constatar que um rato exposto a uma só agressão
apresenta sinais de estresse só se tiver sido exposto previamente à
nicotina", indica o estudo.
Ainda que o
trabalho tenha foco em como os receptores nicotínicos afetam o controle do
estresse nos ratos, o CNRS anunciou que os cientistas examinarão se essa
situação pode ser ampliada a todos os transtornos de estado de ânimo e se os
resultados são aplicáveis a seres humanos.
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