FONTE: *** Jorge Gauthier (http://blogs.correio24horas.com.br).
Aposto vários
dinheiros que quando você leu o título dessa matéria certamente
torceu o bico e pensou: como assim sexo oral com camisinha? Pois é, manas! O
professor da Faculdade de Medicina da UFBA, Marcus Borba (@drmarcusborba)
, explica que vem ocorrendo um aumento no número de pacientes com câncer de
boca e garganta com a probabilidade de ter relação com a a infecção pelo
HPV (Vírus Papiloma Humano). Atualmente, estima-se que o HPV está presente
em cerca de 30% dos cânceres de boca em pacientes abaixo de 45 anos.
Marcus
é líder da Unidade Especializada em Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Hospital
Português, em Salvador, e coordenador do Serviço de Cirurgia de Cabeça e
Pescoço do Hospital Geral Roberto Santos. Marcus também atende na Clion e
integra a equipe médica de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Hospital Aristides
Maltez, onde é preceptor da Residência Médica de Cirurgia de Cabeça e Pescoço
do Convênio SESAB – H. Aristides Maltez.
Em conversa
com o Me Salte ele falou mais sobre o tema. Dá uma lida aí para tirar as
dúvidas e começar (se você ainda não faz) se cuidar para evitar ter câncer! ”
Tentar se acostumar com a proteção me parece a melhor alternativa do que o
risco da doença também”, destaca o médico que faz o alerta: a regra vale tanto
para homossexuais quanto para heterossexuais.
Me Salte: Qual a relação entre
o câncer e o sexo oral?
Marcus Borba: Especificamente falando do câncer de boca e de garganta (orofaringe), vem ocorrendo um aumento de pacientes com essas doenças, que não fumam e/ou bebem e que são mais jovens. Esse fato parece ter relação entre a infecção pelo HPV (Vírus Papiloma Humano), que é transmitido por contato sexual sem proteção, o que inclui o sexo oral. A infecção pelo HPV aumenta a chance de câncer de boca e garganta.
Marcus Borba: Especificamente falando do câncer de boca e de garganta (orofaringe), vem ocorrendo um aumento de pacientes com essas doenças, que não fumam e/ou bebem e que são mais jovens. Esse fato parece ter relação entre a infecção pelo HPV (Vírus Papiloma Humano), que é transmitido por contato sexual sem proteção, o que inclui o sexo oral. A infecção pelo HPV aumenta a chance de câncer de boca e garganta.
Me Salte: Que tipo de prevenção
é possível ter no sexo oral para evitar doenças sem deixar de praticá-lo?
Marcus Borba: Praticar o sexo oral com o uso de preservativos masculinos e femininos e, com isso, evitar o contato de pele e mucosa, sem infecção pelo HPV com a pele infectada.
Marcus Borba: Praticar o sexo oral com o uso de preservativos masculinos e femininos e, com isso, evitar o contato de pele e mucosa, sem infecção pelo HPV com a pele infectada.
Me Salte: Muita gente diz que
usar camisinha na hora do sexo oral tira o prazer. Como aliar prevenção e
prazer?
Marcus Borba: Não sou sexólogo, mas acho que procurar valorizar todo o conjunto da relação, e, portanto, não apenas o momento, pode ser uma das alternativas. O sexo com parceiro conhecido e a monogamia são outras condutas que podem ajudar na prevenção. Tentar se acostumar com a proteção me parece a melhor alternativa do que o risco da doença também. Num médio e longo prazo, a imunização de crianças e adolescentes pode ajudar na redução da infecção e talvez ter algum papel nesse panorama.
Marcus Borba: Não sou sexólogo, mas acho que procurar valorizar todo o conjunto da relação, e, portanto, não apenas o momento, pode ser uma das alternativas. O sexo com parceiro conhecido e a monogamia são outras condutas que podem ajudar na prevenção. Tentar se acostumar com a proteção me parece a melhor alternativa do que o risco da doença também. Num médio e longo prazo, a imunização de crianças e adolescentes pode ajudar na redução da infecção e talvez ter algum papel nesse panorama.
Me Salte: Há diferença nessa
prevenção entre o sexo em casais homossexuais e heterossexuais?
Marcus Borba: A infecção pelo HPV pode ser transmitida pelo contato direto entre a pele e mucosa de regiões infectadas, e isso vale para homossexuais e heterossexuais. Por isso, não vejo maiores diferenças na prevenção.
Marcus Borba: A infecção pelo HPV pode ser transmitida pelo contato direto entre a pele e mucosa de regiões infectadas, e isso vale para homossexuais e heterossexuais. Por isso, não vejo maiores diferenças na prevenção.
Me Salte: Qual a incidência de
câncer de cabeça e pescoço atribuído ao vírus HPV?
Marcus Borba: O
Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que, por ano, o país registre 14 mil
novos casos de câncer de boca. Nem todos são causados ou têm relação com a
infecção pelo HPV. Mas a participação dele vem aumentando. Hoje em dia,
estima-se que o HPV está presente em cerca de 30% dos cânceres de boca em
pacientes abaixo de 45 anos.
Me Salte: Apenas a infecção
pelo HVP é suficiente para o desenvolvimento do câncer?
Marcus Borba:
Parece que pode ser suficiente, sim. Mas nem todo mundo que tem infecção pelo
HPV vai ter câncer de boca, embora haja um aumento do risco. Outros fatores,
como álcool e fumo, podem aumentar esse risco, se associados. A boa notícia é
que os tumores de garganta relacionados ao HPV têm um melhor prognóstico em
relação àqueles provocados pelo fumo, respondendo melhor à quimioterapia e à
radioterapia e, muitas vezes, nem precisam de cirurgia.
Me Salte: Quais outros riscos à
saúde existem para uma pessoa que está com HPV?
Marcus Borba: O HPV pode causar lesões genitais também, como no ânus, vagina e colo do útero.
Marcus Borba: O HPV pode causar lesões genitais também, como no ânus, vagina e colo do útero.
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