A escolha de
medicamentos relevantes para cada paciente será favorecida.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) desenvolveu uma nova metodologia,
inédita no mundo, para o tratamento do câncer. Análises feitas pelo Centro de
Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS), responsável pela aceleração de
processos de inovação na área, permitiram traçar o perfil molecular do tumor e
do tecido saudável de cada indivíduo.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que os casos de câncer no
mundo poderão chegar a 27 milhões até o ano de 2030. O câncer de mama, o mais
comum em mulheres, representa cerca de 25% do total de casos da doença. No
Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) é responsável por 70% do tratamento realizado
para todos os tipos de câncer.
Segundo a Fiocruz, com base no estudo, a escolha de medicamentos relevantes para cada paciente será favorecida, minimizando-se os efeitos colaterais e facilitando o tratamento personalizado da doença.
Segundo a Fiocruz, com base no estudo, a escolha de medicamentos relevantes para cada paciente será favorecida, minimizando-se os efeitos colaterais e facilitando o tratamento personalizado da doença.
A iniciativa teve seu potencial reconhecido pelo edital Apoio ao
Empreendedorismo e Formação de Startups em Saúde Humana do Estado do Rio de
Janeiro, da Federação de Apoio à Pesquisa (Faperj), e ganhou o investimento
inicial para que chegue à população. O projeto é inovador, e não há concorrente
no mercado para esse tipo específico de diagnóstico, diz a instituição.00
“A proposta da Fiocruz permite a indicação de uma terapia mais precisa,
o que significa, em termos de benefícios diretos, mais chance de cura, menos
efeitos colaterais e melhor sobrevida para os pacientes", diz Nicolas
Carels, especialista em bioinformática da fundação, ao citar benefícios da nova
metodologia. Carels ressaltou que as terapias atuais são muito agressivas.
"Além disso, a economia representada pela escolha adequada do medicamento
pode ser revertida para ampliar o acesso da população ao tratamento”,
acrescentou.
O método foi desenvolvido para ser aplicado a pacientes com qualquer
tipo de câncer e testado em linhagens celulares tumorais e não tumorais, com
resultados de máxima eficiência para o câncer de mama,informou Tatiana Tilli,
especialista do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde, que divide o
desenvolvimento da metodologia em bioinformática.
“Indiretamente, representa uma economia financeira substancial para o
gestor hospitalar em termos de despesas com efeitos colaterais, novas
internações e ciclos longos de tratamento. Isso é parte da inovação em saúde
que estamos propondo”, disse Tatiana.
O novo tratamento não beneficia apenas os pacientes com medicamentos
mais específicos para cada caso, mas também os médicos, a equipe médica, os
gestores e os laboratórios farmacêuticos, destacou o coordenador-geral do
Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde da Fiocruz, Carlos Medicis
Morel.
Para Morel, a mudança de paradigma com o primeiro edital da Faperj para investimento em inovação e startups é motivo de comemoração. Startups são empresas, geralmente de tecnologia, que começam a operar no mercado. "A tecnologia é objeto de empreendedorismo, de investimentos e parcerias públicas e privadas, e a missão do CDTS/Fiocruz é levar o novo conhecimento gerado pela pesquisa e desenvolvimento tecnológico até a população.”
Para Morel, a mudança de paradigma com o primeiro edital da Faperj para investimento em inovação e startups é motivo de comemoração. Startups são empresas, geralmente de tecnologia, que começam a operar no mercado. "A tecnologia é objeto de empreendedorismo, de investimentos e parcerias públicas e privadas, e a missão do CDTS/Fiocruz é levar o novo conhecimento gerado pela pesquisa e desenvolvimento tecnológico até a população.”
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