FONTE: , (http://noticias.uol.com.br).
A contagem de esperma
em homens dos Estados Unidos, da Europa, Austrália e Nova Zelândia diminuiu
mais de 50% em menos de 40 anos, alertaram pesquisadores na terça-feira (25).
Eles ainda disseram
que o ritmo do declínio não está regredindo. As duas descobertas, feitas graças
a uma meta-análise que reuniu vários estudos, apontou para um declínio em
potencial na saúde e na fertilidade masculinas.
"Este estudo é
um despertar urgente para que pesquisadores e autoridades de saúde de todo o
mundo investiguem as causas da redução acentuada de contagem de esperma atual",
disse Hagai Levine, que coassinou o trabalho da Universidade Hebraica-Escola de
Saúde Pública e Medicina Comunitária Hadassah Braun de Jerusalém.
A análise não
explorou as razões do declínio, mas pesquisadores disseram que contagens de
esperma declinantes já foram ligadas a vários fatores, como exposição a certos
produtos químicos e pesticidas, fumo, estresse e obesidade.
Isto sugere que as
medições de qualidade de esperma podem refletir o impacto da vida moderna na
saúde masculina e agir como um "canário na mina de carvão", indicando
riscos de saúde mais amplos, afirmaram.
Estudos vêm relatando
declínios na contagem de esperma desde o início dos anos 1990, mas muitos
destes foram questionados porque não levaram em conta grandes fatores de
distorção em potencial, como idade, atividade sexual e os tipos de homens
envolvidos.
Trabalhando com uma
equipe de pesquisadores nos EUA, Brasil, Dinamarca, Israel e Espanha, Levine
analisou e compilou as descobertas de 185 estudos sobre contagem de esperma
feitos entre 1973 e 2011 e depois realizou uma meta-análise de regressão.
Os resultados,
publicados no periódico científico Human Reproduction Update,
mostraram uma redução de 52,4% na concentração de esperma e uma redução de
59,3% na contagem de esperma total entre norte-americanos, europeus,
australianos e neozelandeses.
A primeira mede a
concentração de sêmen na ejaculação de um homem, e a segunda mede a
concentração de sêmen multiplicada pelo volume.
Em contraste, nenhum
declínio relevante foi visto na América do Sul, Ásia e África. Os pesquisadores
observaram, porém, que muito menos estudos foram realizados nestas regiões.
Richard Sharpe, da
Universidade de Edimburgo, acrescentou: "Dado que ainda não sabemos que
estilo de vida, exposição a produtos químicos ou dietéticos podem ter causado
esta diminuição, os esforços de pesquisa para identificar (os fatores) precisam
ser redobrados e não fazer suposições quanto à causa".
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