Os estudantes já devem
ficar atentos a algumas atualidades que podem estar presentes nas questões do
exame.
O Exame Nacional do
Ensino Médio (Enem) é só no final do ano, mas, para quem vai fazer a prova, a
preparação começa desde já. Assim, os estudantes já devem ficar atentos a
algumas atualidades que podem estar presentes nas questões do exame, que está
marcado para os dias 4 e 11 de novembro.
1 – Convergência de
Mídia.
A cultura da
convergência, proposta por Henry Jenkins, está relacionada, mas não se limita,
à hibridação de novas e velhas mídias, fenômeno que implica na reconfiguração,
reapropriação e intercâmbio de conteúdos entre indústria, comércio, serviços,
público e, principalmente, tecnologias.
Nesse contexto, a
convergência de mídia pode ser observada na tendência de os meios tradicionais
de comunicação aliarem a internet e todo o suporte que ela oferece ao seu
negócio, a fim de ampliarem seu alcance e estarem mais presentes no mundo
online, ao qual as pessoas passam cada vez mais tempo conectadas.
Isso ocorre, entre
outros fatores, porque os meios de comunicação tradicionais têm perdido espaço
para a internet, com audiência e número de assinaturas diminuindo rapidamente
com o passar dos anos. Assim, eles têm se apropriado do mundo digital para
reconquistarem espaço e confiança do público. A consequência disso é que o fluxo
de conteúdo entre as plataformas é acompanhado de migração dos públicos,
ocorrendo um cruzamento entre mídias alternativas e de massa.
2 – 50 anos do “ano que
não terminou” (1968).
O ano de 1968 foi
marcado por acontecimentos em plena efervescência da ditadura militar.
Passaram-se 50 anos desde que estudantes foram mortos e presos e que passeatas
de intelectuais e religiosos tomavam as ruas e sofriam intensa repressão
policial.
Isso tudo, aliado ao
decreto do Ato Institucional Número Cinco (AI-5), o mais severo dos AIs
emitidos pelo presidente da época, Artur da Costa e Silva, teve como resultado
a perda de mandato dos parlamentares contrários aos militares, intervenções
ordenadas pelo presidente e a permissão para tortura, bastante utilizada pelo
Estado naquele tempo, o que fez o ano de 1968 ficar conhecido como o ano que
não terminou.
3 – Ativismo judicial.
Se antes, assim como
futebol e religião, dizia-se que política era um assunto que não se discutia,
atualmente esse é um dos temas mais presentes no dia a dia dos cidadãos, e não
apenas nos noticiários.
O Poder Judiciário
também tem entrado nesse assunto e é cada vez mais frequente a emissão de
opinião política dos agentes desse Poder, o que gera assíduas discussões e
testa o equilíbrio dos poderes. O ativismo judicial ocorre quando o judiciário
muda interpretações de leis, especialmente da Constituição, para favorecer
posições políticas, expandindo o sentido e o alcance das leis. Isso, muitas
vezes, é visto como intromissão do Judiciário no Legislativo e no Executivo.
Paralelamente, há a
judicialização da política, quando questões sociais são resolvidas no
Judiciário, que dirime conflitos e transfere decisões dos outros poderes, de
modo a estabelecer normas e condutas a serem seguidas por todos os poderes.
É importante notar que
o ativismo judicial nem sempre é visto como prejudicial, uma vez que ele acaba
por concretizar direitos fundamentais sociais.
4 – Negacionismo.
O termo negacionismo
surgiu logo após a derrota da Alemanha na Segunda Guerra Mundial, em um
contexto em que um grupo pregava a ideia de que o Holocausto era invenção e
nunca teria acontecido. Atualmente, esse termo é utilizado para nomear grupos
que, por diversas razões, não aceitam teses consensuais amparadas em fatos e
estudos.
Nos últimos anos,
diversas teorias científicas, com robustas evidências a seu favor, vêm sendo
contestadas por grupos sociais que não necessariamente fazem parte da
comunidade científica. Um movimento que ganhou força nos últimos anos foi o dos
“terraplanistas”, pessoas que sustentam que a Terra é plana e que todo o resto
é uma mentira inventada pela Nasa e pelos governos.
5 – Fake News, eleições
e democracia.
Com as fontes de
informação cada vez mais descentralizadas e o boom das redes sociais, a
velocidade para que uma notícia se espalhe mundialmente é infinitamente menor
do que 15 anos atrás. Isso faz essa prática, que não é nova, ganhar novamente
os holofotes e gerar diversas discussões sobre realidade e mentira.
Neste ano, o mês de
outubro será marcado pelas eleições presidenciais no Brasil. Assim, este deve
ser um assunto bastante abordado pelos candidatos, tomando como base os debates
que envolveram o tema nas eleições presidenciais dos Estados Unidos em 2016.
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