Endocrinologista faz
alerta sobre os principais problemas metabológicos.
No mês de comemoração ao Dia Internacional da Mulher é preciso
lembrar que de sexo frágil as mulheres não têm nada. Segundo um
estudo feito pela da Universidade de Gante, na Bélgica,
as mulheres possuem o sistema imunológico mais forte do que os
homens.
No entanto, é importante estar sempre em alerta aos sinais que o
organismo dá quando algo não vai bem.
Segundo a endocrinologista e metabologista Dra. Cassandra Lopes,
existe uma série de doenças hormonais que atingem grande parte
das mulheres e podem ser evitadas através de uma boa prevenção e vida
saudável.
“Entre as doenças hormonais e metabológicas mais comuns entre
as mulheres estão as tireoidites, diabetes, síndrome dos ovários
policísticos, obesidade, alguns tipos de tumores, como o câncer de mama e do
endométrio, e os miomas uterinos”, explica a endocrinologista.
Tireoidites.
Tireoidite é o nome dado aos diversos tipos de disfunções que atingem a
tireoide, uma glândula localizada no pescoço e que produz os
hormônios tiroidianos, responsáveis por estimular o metabolismo, afetando a
função de quase todos os órgãos.
“Os sintomas mais comuns no hipotireoidismo são queda do cabelo, pele
seca, sonolência, intestino preso, perda de memória, dores musculares e ganho
de peso. Já no caso do hipertiroidismo são palpitação, irritação, ansiedade,
tremores, perda de peso e excesso de suor”, alerta Cassandra.
Além disso, alguns sintomas das disfunções tiroidianas são inespecíficos
e muitas vezes podem ser confundidos com fadiga, estresse, depressão e
deficiência de vitaminas. Por isso, a importância da realização de exames
laboratoriais anuais para o diagnóstico precoce a fim de evitar problemas mais
graves gerados por essa disfunção hormonal.
Síndrome dos Ovários
Policísticos.
Muito comum em mulheres que estão em idade reprodutiva, a
Síndrome dos Ovários Policísticos geralmente vem acompanhada de acnes, ganho de
peso, dificuldade para engravidar e crescimento maior de pelos. E o tratamento
é essencial para garantir uma vida confortável à paciente que sofre com essa
síndrome.
“Apesar de ser uma condição, muitas vezes, essa síndrome pode ser evitada
ou regularizada através de um estilo de vida saudável, equilíbrio alimentar e
exercício físico, já que a obesidade interfere muito na produção dos cistos”,
explica a médica.
Diabetes e obesidade.
O Diabetes é uma doença cada vez mais prevalente em nosso meio.
Sedentarismo, obesidade, urbanização, envelhecimento populacional e maior
sobrevida da população diabética são causas desse crescimento.
“Hoje dispomos de uma vasta variedade de alimentos diet, medicações
modernas com poucos efeitos colaterais e métodos diagnósticos precoces para
identificação dessa doença, que podem não só prevenir, como tratar o paciente”,
comenta a especialista.
Além disso, dados recentes do Ministério da Saúde revelam que 51% da
população brasileira está acima do peso. A obesidade está associada a grande
parte das doenças que conhecemos no nosso dia a dia como refluxo
gastro-esofágico, pedra na vesícula, asma, apneia do sono,
infarto, derrame cerebral, alteração do colesterol, hipertensão, diabetes,
demência, gordura no fígado, artrose, varizes e câncer.
“Realizar exames anuais, ter qualidade de
vida, praticar exercícios físicos e manter
uma alimentação saudável são primordiais para prevenir, tratar e
garantir a saúde”, finaliza a médica.
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