Leucemia e outros tipos
de câncer, imunodeficiências e
mais problemas da pesada podem ser tratados ou mesmo curados com o transplante de medula óssea.
“E os doadores voluntários, cada vez mais escassos, ajudam milhares de
pacientes” afirma o onco-hematologista Celso Massumoto, em comunicado.
Coordenador da área de Transplantes de Medula Óssea do Hospital 9
de Julho, em São Paulo, Massumoto explica que a doação é
simples, rápida e nada burocrática. Mais do que isso, a pessoa pode fazer
várias vezes ao longo da vida, sem qualquer prejuízo para a saúde.
É basicamente assim: o
voluntário visita o centro, faz um cadastro e retira 5 mililitros de sangue.
Esse material será analisado para verificar componentes da medula que indicam a
compatibilidade com outros pacientes.
Além disso, os
especialistas verificam se há alguma doença que poderia ser transmitida a quem
receberia a doação. Ou seja, de quebra você ganha um checkup rápido.
A partir daí, é só
esperar. Quando alguma pessoa compatível com sua medula necessitar de um transplante,
os especialistas entram em contato para fazer o procedimento da doação em si.
Para explicar esse
processo e resolver outras dúvidas sobre o tema, Massumoto elencou os
principais mitos e verdades sobre o transplante de medula óssea.
Confira:
1)
Qualquer pessoa pode doar a medula – Mito.
Não há muitas
restrições, mas os doadores devem ter entre 18 e 55 anos e não possuir doenças
infecciosas, câncer ou deficiências no sistema imunológico, como lúpus ou diabetes tipo 1. No mais, eles
precisam estar em ótimo estado de saúde.
2)
A doação é dolorosa – Depende.
O incômodo pode ser de
leve a moderado. E há duas formas de fazer.
Em uma, o doador é
anestesiado e, então, o médico faz punções da medula dos ossos da bacia com uma
espécie de seringa.
Na outra, mais moderna,
um tipo de tubo é ligado a uma veia perto da bacia do paciente. Por meio de uma
máquina, células da medula óssea são coletadas. Esse processe se chama aférese.
3)
Posso doar mais de uma vez – Verdade.
A medula se regenera em
15 dias após a doação. Caso seja encontrado um novo paciente, dá pra repetir o
processo após esse período. Em resumo, um único doador pode ajudar muita gente.
4)
Eu volto às atividades diárias rapidamente – Verdade.
A recomendação médica
são três dias de repouso. Como a doação é prevista em lei, dá para se ausentar
do trabalho sem crise e receber atestado médico, dependendo do estado de
recuperação.
5)
O processo de doação é burocrático – Mito.
É possível se cadastrar
como doador em hemocentros de qualquer estado. Você encontra o mais perto da
sua casa clicando aqui.
O cadastro é guardado
no Registro
Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome),
que é o órgão responsável por procurar voluntários compatíveis entre as pessoas
cadastradas.
Como o processo envolve
a coleta de sangue e uma pequena entrevista para verificar o estado de saúde do
indivíduo, é realmente necessário visitar algum centro presencialmente.
6)
Atualizar o cadastro ajuda na hora da doação – Verdade.
É comum que alguns anos
se passem antes de o doador ser chamado. E, nesse tempo, você talvez tenha
mudado de casa ou telefone.
Para que as
instituições consigam entrar em contato com você, mantenha o seu cadastro
atualizado. Os voluntários já registrados no REDOME podem fazer
isso por aqui.
7)
A doação só vale para minha cidade – Mito.
O banco de dados dos
voluntários é global. Caso não seja encontrado um doador no país em que o
paciente está, há uma busca por pessoas compatíveis em outras nações.
Nesse caso, a coleta é
feita no país de origem e o governo de cada país pode transportar o material
até o receptor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário