FONTE: , Rodrigo de Souza, https://extra.globo.com/
Muito se fala dos cuidados com a pele sob a exposição à
luz solar no verão — e com razão. Mas, em tempos de confinamento, é preciso
chamar atenção também para as ameaças que incidem sobre a pele em ambientes
fechados. Os dermatologistas são taxativos: é indispensável o uso de protetor
solar até dentro de casa, pois mesmo a luz dos celulares pode causar danos à
pele.
Aparelhos como celulares, TVs e computadores também
lançam a chamada luz visível, termo que abrange toda luz que podemos ver a olho
nu. Para a dermatologista Mayara Nascimento, da Sociedade Brasileira de
Dermatologia (SBD), a pandemia nos deixou mais expostos à claridade irradiada
por equipamentos eletrônicos.
— Já se sabia que esse tipo de luz está muito relacionado
ao envelhecimento precoce da pele e ao surgimento de manchas. Mais
recentemente, no início de 2019, um grande estudo comprovou que ele também está
associado ao surgimento de câncer de pele — diz a especialista.
Segundo a dermatologista Ana Carolina Sumam, da Sociedade
Brasileira de Dermatologia (SBD), a luz visível tem um efeito acumulativo no
organismo, trazendo ameaças de longo prazo ao maior órgão do corpo humano. Por
isso, hidratar-se no verão é fundamental.
— Além de usar o protetor solar por 100% do tempo, é
preciso hidratar a nossa pele com a ingestão de líquidos e uso de hidratantes.
No verão, nossa pele e nosso cabelo também tendem a ficar bastante ressecados —
diz a médica.
Os ambientes da casa e do trabalho oferecem outros riscos
à saúde da pele. Segundo Nascimento, janelas e vidraças não são capazes de
filtrar a radiação ultravioleta A (UVA), cuja ação na pele é mais profunda e
também está associada ao câncer. Mais um motivo para não desgrudar do protetor
solar durante o verão, diz ela.
A especialista alerta ainda para o uso excessivo de
álcool gel sob o sol da estação, outro perigo para a pele ocasionado pela
pandemia. A combinação entre álcool e calor pode ser muito arriscada, lembra
ela. Uma paciente sua chegou a ter uma queimadura significativa após passar um
pouco do produto na mão e em seguida ir cozinhar.
— O uso exacerbado do álcool na pele pode causar eczemas
(irritações). É recomendável que se use direto na pele apenas o álcool gel, e
não o álcool líquido. E que se aplique um pouco de hidratante no local após o
uso do produto — alerta a médica.
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