FONTE: Rafael Tiago Nunes,http://atarde.uol.com.br/
Dono, isolado,
da pior defesa da Série A do Campeonato Brasileiro, com 48 gols sofridos em 27
partidas, e com poucas opções para o setor (Juninho, Ernando e Anderson
Martins), o Bahia resolveu reintegrar Éverson, revelado pelo clube e que estava
treinando separadamente do elenco, e promover o garoto Patrick de Lucca,
titular do time que está na final da Copa do Brasil Sub-20. Porém, a provável
solução para a zaga é velha conhecida, e tem 301 jogos com o manto azul,
vermelho e branco.
Trata-se do
capitão Lucas Fonseca. Com 35 anos, o zagueiro não atua desde o último dia 20
de novembro, quando o Bahia foi derrotado por 4 a 0 pelo RB Bragantino, no Nabi
Abi Chedid, em duelo pela 22ª rodada do Brasileirão. Na ocasião, Lucas saiu do
confronto com uma lesão muscular na coxa.
O vínculo do
defensor com o Tricolor se encerraria na quinta-feira, 31, porém, como atingiu
a meta de jogos prevista em contrato, segundo a assessoria de imprensa do clube
e o empresário Paulo Pitombeira, terá seu vínculo ampliado até dezembro de
2021. Pitombeira ainda informou que uma reunião estava marcada para
terça-feira, 29, para resolver os últimos detalhes da renovação.
Quem também
estava na pauta de ampliação de vínculo na conversa de terça entre Paulo
Pitombeira e o Bahia foi o lateral direito João Pedro. O jogador, que passou
por uma cirurgia no joelho e não atua desde 20 de agosto, terá seu vínculo
estendido até o final da Série A, em fevereiro.
Bons números.
Os bons números de Lucas Fonseca na temporada o fazem ser
visto como uma solução para a defesa do Bahia (veja quadro abaixo).
Com o camisa 28 em campo, o time fez 12 duelos no Brasileirão, com seis
triunfos, dois empates e quatro derrotas. Um aproveitamento de 56%. Nesse mesmo
período, o clube levou 18 gols.
Sem Lucas, os
números do Esquadrão são assustadores. Em 15 partidas, o Tricolor foi vazado 30
vezes (média de 2 gols por jogo). Além disso, perdeu 11 vezes, empatou duas e
ganhou duas, tendo um aproveitamento de 18%.
Com a ausência
do camisa 28 por lesão, a dupla de zaga foi mudada com frequência: Juninho e
Ernando; Juninho e Anderson Martins; Ernando e Anderson Martins. Mas nenhuma
delas passou segurança ou conseguiu resolver o problema no setor. Ao longo do
processo, Wanderson deixou o Bahia e foi para o Fortaleza.
História.
Essa é a
terceira passagem de Lucas Fonseca pelo Bahia. A primeira vez na qual o capita
vestiu o manto tricolor foi no ano de 2012, quando fez apenas dez partidas.
Voltou em 2013, após passagem pelo Mogi Mirim, e ficou até 2014, somando um
total de 70 jogos. Depois, foi para a China, onde atuou pelo Tianjin Teda. E em
2016 retornou para o Esquadrão, onde continua até hoje.
Entre idas e
vindas, Lucas conquistou uma Copa do Nordeste (2017) e quatro Campeonatos
Baianos (2014, 2018, 2019 e 2020). Além de ter feito três gols.
Volta e novidades.
Atualmente na
16ª colocação, com 28 pontos, o Bahia só volta a jogar no dia 6 de janeiro, uma
quarta-feira, quando enfrenta o quinto colocado, Grêmio, em Porto Alegre.
Na preparação para o difícil duelo, o elenco se reapresentou na terça. Os titulares no duelo com o Internacional fizeram um
regenerativo. Os demais atletas participaram de treino técnico e tático com
bola.
As novidades
do treino ficaram por conta do zagueiro Patrick de Lucca, do meia Luiz Felipe,
suspensos da decisão da Copa do Brasil Sub-20, e do atacante Thiago.
INFLUÊNCIA DE LUCAS NO
BRASILEIRÃO
|
Com Lucas. |
Triunfos - 6 |
Empates - 2 |
Derrotas - 4 |
Aproveitamento - 56% |
Gols sofridos - 18 (média de 1,5 por jogo) |
Sem Lucas. |
Triunfos - 2 |
Empates - 2 |
Derrotas - 11 |
Aproveitamento - 18% |
Gols sofridos - 30 (média de 2 por jogo) |
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