FONTE: redacao@portalibahia.com.brhttps://www.ibahia.com
A
situação foi justificada como um suposto 'ritual de batizado'.
Na última quinta-feira (10), um soldado do Corpo de
Bombeiros denunciou um cabo por assédios morais e sexuais no quartel do 8º
Batalhão, em Goiânia. De acordo com O G1 Goiás, o denunciante contou que foi
mordido nas nádegas pelo militar como suposto “ritual de batizado” ao entrar na
corporação. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados e o processo segue em
sigilo.
Segundo informações da corporação ao G1, o cabo foi
afastado de suas funções, foram abertos Inquérito Policial Militar e Procedimento
Administrativo Disciplinar e foi oferecido à vítima apoio psiquiátrico e
psicológico.
Em nota, o Corpo de Bombeiros informou que considera o
comportamento denunciado “grave e completamente contrário aos princípios éticos
da corporação” e que os atos são “repudiados com veemência”. A investigação
está sendo conduzida por militares da corporação a que o denunciado pertence.
Na denúncia, a vítima conta que os assédios começaram
logo que entrou na corporação, em setembro de 2019. "Ao chegar para o meu
primeiro dia de serviço, o mesmo já veio para cima de mim com o que
supostamente denominou de 'batismo de chegada', me segurando, tirando minha
calça e mordendo a minha nádega", escreveu a vítima na denúncia.
O soldado contou que sofreu ofensas verbais, ameaças e
que o superior ainda fazia investidas inadequadas com frequência:
“Diversas tentativas de tocar meus órgãos genitais me segurando e me oprimindo
para isso, proferindo, como exemplo, tapas em regiões como as nádegas e puxões
de cabelo”. Além disso, o soldado também contou que chegou a comprar uma arma
de choque elétrico (teaser) para se defender, mas não adiantou muito.
Ainda conforme o G1 GO, a vítima explicou que os abusos
aconteceram até março deste ano, pois houve mudanças nos turnos de trabalho.
Mas, houveram novas mudanças nas escalas da corporação fez com que ambos
voltassem a conviver no ambiente de trabalho no último dia 7 de dezembro.
“Todo o assédio retornou com ainda mais força, com a
difamação da minha imagem pessoal. [...] Então, eu decidi que não aceitaria
mais isso e que denunciaria para que isso não se repetisse comigo nem com meus
outros colegas que já foram constrangidos pelo mesmo, mas nunca fizeram
nada”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário