A pequena entrou no banheiro e ficou olhando o pai a fazer a
barba.
Tão compenetrada estava que seu pai lhe
surpreendeu um pequeno vinco na testa miúda.
O que foi, filha? O que está pensando?
A menina se aproximou e fixou o olhar azul no
rosto paterno, erguendo o pescoço em direção a ele.
Papai, você gosta de viver?
Ora, filhinha. É claro que gosto de viver. Quem
não apreciaria a vida, tendo um tesouro como você?
Ela não se deu por satisfeita. Apoiou as mãos na
pia e tornou a perguntar:
Então, por que deseja morrer?
O pai lhe respondeu que não desejava, nem pensava
em morrer. Ele desejava viver, e muito.
Queria ter a ventura de vê-la adentrar à escola,
aprender as primeiras letras, deliciar-se com suas primeiras leituras, vê-la
receber o diploma universitário, casar-se, ter filhos, dar-lhe netos.
Papai, falou finalmente a garota, se não quer
morrer, por que você fuma?
As crianças ouvem falar a respeito dos perigos das
drogas, de qualquer natureza.
Aprendem na escola, leem a respeito, tão logo
descubram o significado das letras e das palavras impressas.
Natural que acreditando preciosas as vidas dos
seus amores, se preocupem.
Como ficarão se partirem seu pai, sua mãe, seu
irmão?
Por isso, algumas registram de forma ostensiva a
sua preocupação, enquanto outras simplesmente pensam, pensam, e sofrem, sem
coragem de expressar o que lhes vai na mente.
E se a morte levar os meus amores, enquanto tanto
ainda preciso deles?
É preciso muita força de vontade para vencer
qualquer vício de que sejamos portadores.
Em se falando do uso de drogas, mesmo as
tacitamente aceitas pela sociedade, temos acrescidas as questões da dependência
física, além das psicológicas.
Com certeza, não é fácil. É preciso se revestir de
resistência para a superação. E não devemos esquecer que precisamos de auxílio
de terceiros.
Para isso existem os profissionais das áreas da
saúde física e mental. Também religiosos, amigos, familiares.
Pensemos no legado que desejamos deixar para
nossos filhos, a Humanidade do amanhã. Ele pode ser de alegria ou de
infelicidade, de liberdade ou de dependência, de doença ou de bem-estar.
A decisão nos compete. Porque o exemplo arrasta,
convence mais do que as palavras.
Se nossos pequenos nos veem com o cigarro, de
forma constante, também poderão acreditar que ele não faz mal nenhum, afinal de
contas.
Tudo que dizem a respeito dele, é balela,
inverdade, e aprenderão a repetir os nossos hábitos.
Dessa forma, busquemos nos libertar da viciação,
qualquer que ela seja.
E se empreendemos esforços para nos libertar do
vício, não esqueçamos que também os vícios morais nos merecem consideração.
A mentira, a desonestidade, a corrupção, a maldade
devem ser alijadas de nossas vidas.
Para isso, estamos na Terra. E o tempo é hoje,
agora. Pensemos a respeito.
Sirvamo-nos do dia que apenas desponta e iniciemos
o grande empreendimento em prol de nossa libertação.
O amanhã nos aguarda pleno de sol, de alegria, de
bênçãos.
Oi Alma Irmã, nossas
Fraternais Saudações!
Que esta MSG te encontre em Paz e com Saúde!!! Obrigado pela
companhia!
Por Momento Espírita, Redação do Momento Espírita, com base no cap. 23, do livro
Atravessando a rua, de Richard Simonetti, ed. IDE. Em 1º.10.2020. Do site: http://momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=6382&stat=0.
Nenhum comentário:
Postar um comentário