FONTE:André Messias - Revista Seleções, https://www.msn.com/
Encontrei com Paula na academia. Não
a via há muito tempo. Percebi que Paula estava cabisbaixa, parecendo um pouco
triste e sem energia. Fui falar com ela. Disse que estava feliz de estar lhe
vendo novamente, que seu alto astral e alegria sempre foram encantadores e ela
estava muito sumida da academia. Paula me disse que, há 2 anos, fora chamada
num concurso público e que sua vida virou uma correria: faltava tempo para ir à
academia e se sentia exausta e sem energia.
Mas Paula disse que não dava mais
para continuar assim e que era hora de voltar a se cuidar. Porém ela estava
preocupada. Disse que só conseguiria ir à academia 2x na semana e que nos
demais dias não teria tempo em virtude da carga horária de trabalho. Paula me
perguntou o que poderia fazer para compensar sua baixa frequência na academia.
Fomos tomar um suco e conversamos.
Paula trabalha em hospitais e seu
trabalho suga demais sua energia. Como ela disse que não teria muito tempo para
ir à academia, lhe expliquei a importância da atividade física diária.
Mas antes, expliquei a Paula que nos
2 dias que iria à academia, ela precisaria ter um treino de qualidade. Já que
não podemos trabalhar com muito volume (quantidade total de tempo) com ela na
academia, era preciso focar na intensidade (sobrecarga imposta ao organismo).
Ou seja, ela não poderia ficar muito tempo, mas no tempo em que estaria iria
treinar com esforço. Seu programa de treinamento precisaria exigir um árduo
trabalho de seu organismo.
Acreditem: treinos de 30 minutos
podem ser mais eficazes do que treinos de 1 hora. Tudo depende da intensidade.
É preciso treinar mesmo. Aproveitar cada minuto e sentir um esforço muscular e
cardiorrespiratório.
Pequenas atitudes no dia a dia fazem toda a
diferença.
Voltando
à atividade física diária, sugeri à Paula uma série de atitudes que ela poderia
tomar no dia dia para que fosse mais ativa,
aumentasse seu gasto calórico e colocasse seu corpo em movimento.
Paula
mora no segundo andar. Então um combinado era que ela jamais usaria o elevador.
Ela usa o transporte público para trabalhar (o que é ótimo, pois trata-se de
uma escolha ambientalmente saudável e pessoas que têm carro costumam ser menos
ativas no dia a dia), então um outro combinado era que Paula passasse a ir para
um ponto seguinte (tanto para entrar no ônibus quanto para descer). Durante o
expediente, Paula também deveria evitar o elevador, passar muito tempo sentada
e estar atenta à postura (coluna ereta ao sentar e andar, não carregar muito
peso, por exemplo).
Nos
momentos em que estiver em casa, Paula foi aconselhada a ser o mais ativa
possível: andar pela casa enquanto fala ao telefone, não passar muito tempo
diante da televisão e procurar se movimentar ao máximo. Essas sugestões irão
fazer com que Paula seja mais ativa, dê mais passos diariamente, e isso irá lhe proporcionar
benefícios fisiológicos, promovendo sua saúde e bem-estar. Não é preciso estar dentro de uma academia para ser
ativo.
O exemplo de Paula acomete muitas pessoas na sociedade contemporânea. A falta de tempo é uma das principais razões para a inatividade física causar mais de 4 milhões de mortes anualmente. É essencial que a pessoa reflita como tem sido seu cotidiano. Poucas mudanças podem gerar grandes benefícios.
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