FONTE: ***, Thaís Lopes Aidar, https://www.msn.com/
Se você nunca sofreu com a insônia, provavelmente, conhece
alguém que já perdeu a noite de sono por isso. Mais comum do que imaginamos,
cerca de 40% dos brasileiros apresentam algum distúrbio de sono, segundo a
Organização Mundial de Saúde (OMS).
Esse
índice, no entanto, cresceu durante a pandemia do coronavírus, especialmente
nas fases mais restritivas, sendo "insônia" a palavra mais buscada no
Google (dados de maio de 2020) e o aumento em 130% nas pesquisas de
"remédios para insônia".
Diante
de um problema tão recorrente, é necessário fomentar o conhecimento acerca
dele, para que mais pessoas que convivem com esse mau aprendam a lidar da
maneira correta. Para isso, conversamos com médico psiquiatra Dr. Lucas Bifano,
especialista em gestão e cuidados de medicina de família, para esclarecer dúvidas
e orientar quanto ao tratamento.
O
momento vivenciado pela população afeta diretamente seu bem-estar, podendo,
portanto, agravar males já existentes, como a insônia, ou ainda desencadeá-los.
O psiquiatra explica que a ansiedade, as preocupações com saúde e finanças, a
falta de contato com familiares e amigos, e incertezas sobre o futuro são
motivos que causam estresse. Dessa forma, quando não gerenciamos isso, nosso
sono passa a ter sua qualidade afetada e o problema pode tornar-se uma bola de
neve, fazendo com que, cada vez mais, acordemos irritados e ansiosos.
Atuando
diretamente com esse distúrbio, o médico relata que as principais queixas dos
pacientes são estresse, irritabilidade, agressividade, sensação de já acordar
cansado, desatenção, concentração prejudicada.
A
principal dica do especialista para lidar com o quadro antes de recorrer ao uso
de medicamentos é, principalmente, frear os pensamentos negativos. Além da
praticar exercícios físicos durante o dia e evitar o consumo de notícias
pesadas, algumas mudanças de hábitos noturnos podem ajudar. "Colocar o
celular com o modo de luz noturna ligado, para não sobrecarregar a vista, e
evitá-lo, pelo menos, uma hora antes de dormir, adotar técnicas de relaxamento
e respiração antes
de deitar-se e consumir alimentos leves no jantar", ele aconselha.
Entretanto,
nem para todos apenas essas técnicas serão o suficiente e poderá ser a hora de
procurar ajuda médica para tratar a insônia de forma mais efetiva. Sendo assim,
o médico explica que perder uma ou outra noite de sono é algo normal, mas quando
esses episódios acontecem com frequência e até limitam tarefas do dia-a-dia é
chegada a hora de buscar um profissional.
Antes
de prescrever o tratamento ideal, o médico avaliará o caso, dado que cada
paciente tem suas particularidades e necessitará de um cuidado específico. Dr
Lucas explica como funcionará esse processo no consultório."O diagnóstico
é feito a partir de uma série de perguntas que visam analisar tanto o
comportamento quanto o histórico do paciente. Após isso, são feitos exames
físicos que podem identificar os sintomas que desencadeiam a insônia."
Assim,
se você sofre com esse mau de maneira esporádica, poderá tentar colocar em
prática as dicas do especialista. No entanto, se ele se repetir em várias noites, afetando
sua qualidade vida, é necessário procurar um profissional. Nunca tome
medicamentos sem prescrição ou orientação médica.
***
Consultoria: Dr. Lucas Bifano,
médico psiquiatra especializado em gestão e cuidados de medicina de família
pela UFMG e Psiquiatria pelo instituto IPEMED Ciências Médicas.
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