FONTE: *** Gutemberg B. de Macêdo (empregocerto.uol.com.br).
"Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade."Constituição da República Federativa do Brasil"Todos nascem livres e iguais em direitos e dignidade e que sendo dotados de consciência e razão devem agir de forma fraterna em relação aos outros."Declaração Universal dos Direitos HumanosInfelizmente, a discriminação ainda tem espaço e força em muitas de nossas organizações, apesar dos avanços observados nos últimos anos em virtude da severidade e rigor das leis contra aqueles indivíduos ou empresas que as desrespeitam de maneira desavergonhada.A discriminação por mais que desejemos escondê-la, camuflá-la ou negá-la, como no uso da expressão - "no Brasil não temos esse tipo de problema" - se manifesta de maneira abominável em várias circunstâncias do cotidiano empresarial: na demissão de uma colaboradora após sua gestação, por motivos não muito claros e convincentes; na rejeição de um candidato em razão da cor de sua pele, de sua idade cronológica, de sua aparência física ou ainda de sua opção sexual.Eu, particularmente, vivenciei essa situação constrangedora há alguns anos. Convidado a fazer uma apresentação para um grupo de diretores de uma empresa multinacional Suíça, fui recebido na recepção da empresa pelo gerente de desenvolvimento de recursos humanos. Esse, após me cumprimentar e sem esboçar nenhuma cerimônia ou constrangimento, me disse: "Gutemberg, você foi convidado para fazer uma apresentação de vinte minutos apenas. Portanto, você deve ter muito cuidado durante a sua apresentação. Você é nordestino, tem cabeça chata e tem um sotaque muito forte. E, como você mesmo sabe, essa é uma empresa cujo corpo diretivo é formado em sua maioria por suíços." Ao ouvir suas palavras discriminatórias, senti as batidas do meu coração dispararem - a pressão subiu. Entretanto, em função do meu ofício, consegui manter o autocontrole e perguntar-lhe: por que motivo sua empresa me convidou - por que sou nordestino e ela não sabia ou por que sou um profissional culto e preparado? Caro leitor, ao longo de nosso vida e carreira estamos sempre sujeitos a enfrentar situações recheadas com preconceitos e discriminação, independentemente de nossa origem étnica, cor, opção sexual, idade, etc. Entretanto, nesses momentos, o melhor mesmo é termos consciência de que elas podem ocorrer em lugares e circunstância onde menos esperamos encontrá-las. Portanto, devemos nos preparar para confrontá-las com educação, equilíbrio e sabedoria, sem atentarmos contra a nossa própria dignidade e cidadania (afinal, ninguém pode nos tornar inferiores, a menos que consintamos, como declarou Eleanor Roosevelt, mulher do ex-presidente dos EUA, Franklin D. Roosevelt).Assim, quando você for confrontado durante uma entrevista com perguntas que revelem sentimentos de discriminação, você tem três escolhas:
"Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade."Constituição da República Federativa do Brasil"Todos nascem livres e iguais em direitos e dignidade e que sendo dotados de consciência e razão devem agir de forma fraterna em relação aos outros."Declaração Universal dos Direitos HumanosInfelizmente, a discriminação ainda tem espaço e força em muitas de nossas organizações, apesar dos avanços observados nos últimos anos em virtude da severidade e rigor das leis contra aqueles indivíduos ou empresas que as desrespeitam de maneira desavergonhada.A discriminação por mais que desejemos escondê-la, camuflá-la ou negá-la, como no uso da expressão - "no Brasil não temos esse tipo de problema" - se manifesta de maneira abominável em várias circunstâncias do cotidiano empresarial: na demissão de uma colaboradora após sua gestação, por motivos não muito claros e convincentes; na rejeição de um candidato em razão da cor de sua pele, de sua idade cronológica, de sua aparência física ou ainda de sua opção sexual.Eu, particularmente, vivenciei essa situação constrangedora há alguns anos. Convidado a fazer uma apresentação para um grupo de diretores de uma empresa multinacional Suíça, fui recebido na recepção da empresa pelo gerente de desenvolvimento de recursos humanos. Esse, após me cumprimentar e sem esboçar nenhuma cerimônia ou constrangimento, me disse: "Gutemberg, você foi convidado para fazer uma apresentação de vinte minutos apenas. Portanto, você deve ter muito cuidado durante a sua apresentação. Você é nordestino, tem cabeça chata e tem um sotaque muito forte. E, como você mesmo sabe, essa é uma empresa cujo corpo diretivo é formado em sua maioria por suíços." Ao ouvir suas palavras discriminatórias, senti as batidas do meu coração dispararem - a pressão subiu. Entretanto, em função do meu ofício, consegui manter o autocontrole e perguntar-lhe: por que motivo sua empresa me convidou - por que sou nordestino e ela não sabia ou por que sou um profissional culto e preparado? Caro leitor, ao longo de nosso vida e carreira estamos sempre sujeitos a enfrentar situações recheadas com preconceitos e discriminação, independentemente de nossa origem étnica, cor, opção sexual, idade, etc. Entretanto, nesses momentos, o melhor mesmo é termos consciência de que elas podem ocorrer em lugares e circunstância onde menos esperamos encontrá-las. Portanto, devemos nos preparar para confrontá-las com educação, equilíbrio e sabedoria, sem atentarmos contra a nossa própria dignidade e cidadania (afinal, ninguém pode nos tornar inferiores, a menos que consintamos, como declarou Eleanor Roosevelt, mulher do ex-presidente dos EUA, Franklin D. Roosevelt).Assim, quando você for confrontado durante uma entrevista com perguntas que revelem sentimentos de discriminação, você tem três escolhas:
PRIMEIRA - Responda-as objetiva e corajosamente. Há perguntas que são tecnicamente ilegais, mas que não o ofendem em hipótese alguma. O entrevistador deseja apenas colher mais informações a seu respeito, a fim de elaborar de maneira mais conclusiva o seu perfil. Não há intenção por parte do entrevistador em ofendê-lo (a).
SEGUNDA - Responda-as de maneira evasiva. Se você considera que as perguntas que lhe são dirigidas estão contaminadas de preconceito e descriminação e que podem também eventualmente prejudicá-lo em processo seletivo, não as responda. Você não está obrigado a fornecer informações que possam ser usadas contra você.
TERCEIRA - Recuse responder às perguntas formuladas se elas forem verdadeiramente discriminatórias, ofensivas e contrárias as leis do país. Mas seja educado em suas colocações. Não utilize as mesmas armas do entrevistador. Não caia em sua armadilha. Lembre-se dos ensinamentos do judaísmo: "A boca do insensato é a sua própria destruição, e os seus lábios, um laço para a sua alma. Até o estulto, quando se cala, é tido por sábio, e o que cerra os lábios, por sábio. Quem retém as palavras possui o conhecimento, e o sereno de espírito é homem de inteligência," (Provérbios de Salomão). Não se esqueça: sempre leia, estude e conheça seus direitos como explicitados na Constituição da República Federativa do Brasil. Não raro, a falta de conhecimento da Carta Magna, acarreta inúmeros prejuízos. Aprenda a defender os seus direitos. Um cidadão que não conhece a Constituição de seu País é um cidadão cego. Como discursou o doutor Rui Barbosa: "As constituições não se adotam para tiranizar, mas para escudar a consciência dos povos".
*** DICAS DO GUTEMBERG.
Gutemberg B. de Macêdo é presidente da Gutemberg Consultores e autor de vários livros, entre eles o recém lançado "O princípio da sabedoria - Lições de Salomão para o bem viver" (2008); "Fui demitido. E agora? A demissão não é o fim"; "Outplacement - A arte e a ciência da recolocação". Em 1993 o livro "Fui demitido. E agora? A demissão não é o fim" foi contemplado com o prêmio Jabuti de Cultura como melhor livro na categoria "Economia, Administração, Negócios e Direito", outorgado pela Câmara Brasileira do Livro. Gutemberg ministra conferências e seminários em empresas públicas, privadas e universidades, com palestras voltadas aos mais diferentes temas na área de Recursos Humanos.
Gutemberg B. de Macêdo é presidente da Gutemberg Consultores e autor de vários livros, entre eles o recém lançado "O princípio da sabedoria - Lições de Salomão para o bem viver" (2008); "Fui demitido. E agora? A demissão não é o fim"; "Outplacement - A arte e a ciência da recolocação". Em 1993 o livro "Fui demitido. E agora? A demissão não é o fim" foi contemplado com o prêmio Jabuti de Cultura como melhor livro na categoria "Economia, Administração, Negócios e Direito", outorgado pela Câmara Brasileira do Livro. Gutemberg ministra conferências e seminários em empresas públicas, privadas e universidades, com palestras voltadas aos mais diferentes temas na área de Recursos Humanos.
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