sábado, 1 de junho de 2013

MAU HÁLITO PODE VIR DA INFÂNCIA...

FONTE: Amanda Sant’ana, TRIBUNA DA BAHIA.

Desde o útero, a criança desenvolve o hábito da sucção, que é fundamental para a amamentação e para o amadurecimento psíquico. Isso perdura por todo o primeiro ano de vida como uma necessidade fisiológica e é nesse período que algumas crianças acabam com a mania de chupar o dedo ou chupetas, podendo perdurar por toda a infância.

A questão é que esse hábito costuma trazer uma série de consequências para o pequeno e muitos pais acabam deixando a situação passar despercebida, por achar graça, sem saber que o hábito é incorreto e nada saudável, e o pior: difícil de ser interrompido. Algumas consequências podem surgir ao longo do tempo, como o mau hálito, problemas na mastigação e respiratórios, atrasos na fala e problemas emocionais.

De acordo com a especialista em Odontopediatria e Ortodontia, Maria Fernanda Aranha, faz-se importante saber que na literatura, o registro das halitoses é de 90 a 95% de origem bucal, principalmente na língua, e cerca de 5 a 10% possuem causas sistêmicas: “A língua possui diversas papilas gustativas e entre elas formam-se criptas, ou seja, saquinhos que retêm resíduos de alimentos e a própria placa bacteriana que começam a fermentar e a liberar odor de enxofre. Sem dúvida, essa é a principal causa do mau hálito. Já no caso das chupetas o odor pode surgir do acúmulo de restos alimentares que ficaram armazenados na chupeta. Por isso a necessidade de mantê-la sempre limpa”, explicou.

Dentre as causas bucais, além do principal fator relatado anteriormente estão às cáries, abcessos dentários, tártaro, gengivites, periodontites e restos alimentares entre dentes e gengiva. Contudo, existem outras patologias, que estão dentro dos 5 a 10%, que podem levar a halitose como as sinusopatias, problemas respiratórios, amidalas inflamadas e refluxo gastresofágico: “As inflamações das amídalas, por exemplo, pode provocar maior formação de muco produzindo maior saburra lingual e desencadeando a halitose. Uma das causas comum associada à halitose é a xerostomia, isto é, a diminuição do fluxo salivar. Pacientes que relatam “boca seca”.
Determinados medicamentos e certos problemas respiratórios interferem na produção de saliva. Nos casos de pacientes respiradores bucal onde não possuem um selamento labial adequado, ocorre um ressecamento da mucosa favorecendo o mau hálito. Vale ressaltar que o fluxo salivar pode ser alterado, também, por falta de ingestão de água.

Recomendações
Muitos especialistas acreditam que a necessidade e a persistência em chupar o dedo infância afora estejam relacionadas a algum tipo de carência afetiva ou ansiedade. O ato pode até mesmo ser uma maneira de a criança sinalizar que deseja mais atenção.


Normalmente, o vício está associado a problemas alimentares ou emocionais e, por isso, o bebê passa a experimentar o estímulo da língua, dos lábios e da mucosa, associandoos a sensações agradáveis de carinho e aconchego.Para tanto, recomenda-se aos pais. 

-- Observem seus filhos durante o sono e, toda vez que ele levar a mão à boca, retire-a dali com cuidado

-- Percebam em que momentos a criança geralmente coloca o dedo na boca, o que ficará mais fácil impedi-lo de cometer a ação e caso seja durante alguma atividade, tirar o dedo da boca enquanto diz que aquilo não deve ser feito e procurar entretê-lo com outras coisas

-- Substituam o dedo pela chupeta, se for o caso; Ocupar as mãos das crianças, substituindo as atividades em que as mãos ficam vazias por atividades criativas, como desenhar e montar objetos

-- Quando for o caso da amamentação, deixar a criança sugar por mais tempo, já que a necessidade de levar o dedo à boca pode significar a carência afetiva e essa proximidade durante a amamentação costuma ajudar a resolver o mau hábito

-- Não brigar e sim conversar

-- Usar mordedores com tamanhos, texturas e até temperaturas diferentes, observando qual o mais adequado para a idade do bebê

-- Dar recompensas e pequenos prêmios, conversando com a criança e estipulando um período para que ele fique sem chupar o dedo. 

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