FONTE: *** Yuri Abreu, TRIBUNA DA BAHIA.
Demanda de bolsas de sangue teve
um aumento de 22% comparando os meses de junho dos anos de 2014 e 2015.
O São João é uma das festas mais tradicionais da região Nordeste do país. Nessa época, é muito comum as pessoas se deslocarem para curtirem a data principalmente pelo interior do estado e aproveitar as comidas e bebidas típicas, além de desfrutar das músicas e soltar fogos de artifício. Contudo, também é corriqueira, durante o mês de junho, a incidência de acidentes, seja com os fogos ou até mesmo de veículos nas estradas, fazendo que os bancos de sangue existentes sejam acionados para dar conta da demanda a depender da gravidade.
O São João é uma das festas mais tradicionais da região Nordeste do país. Nessa época, é muito comum as pessoas se deslocarem para curtirem a data principalmente pelo interior do estado e aproveitar as comidas e bebidas típicas, além de desfrutar das músicas e soltar fogos de artifício. Contudo, também é corriqueira, durante o mês de junho, a incidência de acidentes, seja com os fogos ou até mesmo de veículos nas estradas, fazendo que os bancos de sangue existentes sejam acionados para dar conta da demanda a depender da gravidade.
Para se
ter uma idéia, de acordo com a Fundação Hemoba, a demanda de bolsas de sangue
teve um aumento de 22% comparando os meses de junho dos anos de 2014 e 2015.
“Nós coletamos 372 bolsas no ano passado, mas fizemos, no mesmo período, 450
transfusões. Tivemos que pedir junto ao Hemoba mais bolsas para cobrir esse
déficit”, disse a coordenadora da Unidade de Coleta de Transfusão (UCT) das
Obras Sociais Irmã Dulce, Marília Sentges.
O problema, é que normalmente os estoques não estão em
nível suficiente para dar conta da demanda, o que pode ser a diferença entre a
vida e a morte de um paciente. Até a manhã de ontem, por exemplo, a UCT tinha
apenas 45 bolsas disponíveis, a maioria (20), do tipo O positivo. “Muitos acham
que isso é suficiente, mas é como se fosse uma gota no oceano. Para que
possamos atender de forma satisfatória, deveríamos ter, pelo menos, 650 bolsas
por mês”, falou Marília.
Situação semelhante vive o banco de sangue do Hemoba, onde
o estoque mantém-se em alerta, segundo a assessoria de comunicação. Por lá, as
bolsas mais solicitadas são as do tipo O positivo, que ocorre na maior parte da
população, mas se encontram em estado crítico, conforme aponta o site da
instituição. Já as bolsas dos tipos A positivo, B positivo e AB positivo são as
únicas que estão sem situação estável.
“As do tipo O negativo, que poderiam ser o salvador da
pátria, também estão em falta”, reiterou Marília, salientado a grande
necessidade devido aos mais de mil leitos que existem no complexo das Obras
Sociais, além das 600 cirurgias realizadas – sendo que algumas tiveram de ser
suspensas devido a falta de sangue no estoque. Enquanto na UCT existem apenas
duas bolsas do tipo citado, no hemocentro encontram-se, também, em situação
crítica. Para atender a demanda, a Fundação necessitaria receber 250 doações
por dia, mas consegue atingir, apenas, 68% desse valor, ou seja, 170 bolsas.
Campanhas por doações.
Nos últimos três anos, ainda segundo Marília, o número de
doadores caiu em torno de 50%. Para tentar amenizar essa baixa, ela afirma que
são realizadas campanhas internas junto aos funcionários para incentivar a
doação de sangue. “Também fazemos convite a alguns doadores através de SMS e
contamos com a ajuda da imprensa para nesta luta”, contou.
A UCT funciona de segunda a sexta, das 7h10 até as 11h30, e
das 13h até as 16h, próximo ao setor de laboratórios das Obras Sociais Irmã
Dulce, que fica próximo ao Largo de Roma. Mas, apesar da necessidade, ela
acredita que, pelo fato de o feriado junino cair, esse ano, entre uma quinta e
uma sexta, o número de doadores seja menor. “Normalmente junho é considerado um
mês mais fraco”, salientou.
Já a assessoria de comunicação da Hemoba relata que tem uma
necessidade de, no mínimo, 20% a mais de doações para este mesmo período. Como
forma de incentivar a população, a fundação lançou um concurso cultural –
denominado de Cordel da Doação – onde o objetivo é de, além da doação em si,
despertar o interesse da população através de uma das mais significativas
expressões da tradição nordestina, a literatura de cordel.
“Com isso, pretendemos ampliar o número de doadores
captados e reforçar os estoques de sangue durante todo o período que antecede
as festas populares do mês de junho”, informou. O Hemoba fica próximo a Avenida
Vasco da Gama e o horário de funcionamento é das 7h30 às 18h30 (segunda a
sexta) e das 7h30 às 12h30 (sábados).
Quais são os critérios.
l Estar em boas condições de saúde e pesar acima de 50 kg
l Apresentar documento original com foto, emitido por órgão oficial e válido em
todo o território nacional.
l Ter entre 16 e 69 anos de idade, sendo que menores de 18 anos devem estar
acompanhados por um responsável legal.
l Pessoas com mais de 60 anos só poderão doar caso já tenham realizado uma
doação antes dos 60 anos;
l Homens podem doar até 4 vezes a cada 12 meses, com intervalo mínimo de 60
dias entre as doações e mulheres podem doar até 3 vezes a cada 12 meses, com
intervalo mínimo de 90 dias entre as doações.
*** Fonte: www.hemoba.ba.gov.br
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