Em algum ponto da sua vida, você já deve ter escutado que
precisa tomar cuidado com a dupla bebida + remédio. Normalmente relacionada aos
antibióticos, essa preocupação é bem real e vai além desse tipo de medicamento.
Quando você sente uma dor, fica gripada ou exagera nos
exercícios físicos, o analgésico é a primeira opção para aliviá-la. De
acordo com a CISA (Centro de Informações sobre Saúde e Álcool), eles são
campeões de vendas nas farmácias, mas podem causar dependência e prejudicar, na
verdade, sua saúde. Os mais "fortes" são derivados de opioides e
precisam de receita médica para comprar, enquanto as versões com dipirona,
cafeína e orfenafrina não demandam o mesmo cuidado. E é aí que a automedicação
pode ser muito ruim - principalmente sem um profissional orientando a não
combinar com bebida alcoólica. Confira as principais reações de cada tipo de
remédio:
Analgésicos "comuns", antitérmicos
e anti-inflamatórios
Ibuprofeno e diclofenaco: dor no estômago/gastrite
Naproxeno e celecoxib: problemas no fígado
Acetaminofeno*: taquicardia. Aqui vale ressaltar que a interação dessa
substância com o álcool é altamente arriscada para problemas no fígado.
Anagélsicos opioides.
Meperidina e oxicodona: sonolência, tontura, risco aumentado de overdose,
diminuição da frequência respiratória (bradipneia), dificuldade para respirar,
prejuízo na coordenação motora, alterações de comportamento e prejuízos de
memória.
Tramadol: sonolência, tontura.
Relaxantes musculares.
Ciclobenzaprina e carisoprodol: sonolência, tontura, risco aumentado de overdose,
diminuição da frequência respiratória (bradipneia), dificuldade para respirar,
prejuízo na coordenação motora, alterações de comportamento e prejuízos de
memória.
Além disso, a interação pode ser especialmente prejudicial para as
mulheres. Isso porque o organismo
feminino costuma ter uma porcentagem menor de água do que o masculino, levando
a uma maior concentração de álcool no sangue delas do que deles. A CISA
alerta que não há um período específico seguro para o consumo de bebidas
alcoólicas com o uso do remédio, pois a interação pode ocorrer desde horas até
dias. Por isso, recomenda-se não beber durante o tratamento.
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