FONTE: Agência Brasil, TRIBUNA DA BAHIA.
Entre os leitores, 42% disseram ter o hábito de
ler a Bíblia. Em seguida, entre as leituras frequentes, aparecem os livros
religiosos, os contos e os romances, com 22% da preferência do público. Os
livros didáticos são habituais para 16% da população e os infantis, para 15%.
A
leitura é um hábito de 56% da população brasileira, segundo pesquisa divulgada
na quarta-feira (18/5), pelo Instituto Pró-Livro (IPL). Para ser considerado um
leitor, pela metodologia do estudo, é necessário ter lido ao menos um livro nos
últimos três meses.
Ao
todo, foram ouvidas 5 mil pessoas em todas as regiões do Brasil, entre 23 de
novembro e 14 de dezembro de 2015. Em relação aos dois últimos estudos feitos
pela organização, o percentual de leitores variou pouco, eram 55%, em 2007, e
50% em 2011.
Em
média, os entrevistados disseram ter lido 2,54 livros nos últimos três meses,
sendo 1,06 do começo ao fim. Entre os que têm o hábito da leitura, a média é de
4,54 livros no período, com 1,91 inteiro.
Para o
presidente do IPL, Marcos da Veiga Pereira, a falta de tempo e o tamanho dos
esforços necessários para difundir o hábito dificultam a ampliação do número de
leitores.
“Tanto
na educação quanto na área cultural, o investimento é muito grande e de longo
prazo”, ressaltou. “Na escola você tem que ter um investimento no professor, na
biblioteca escolar e no mediador de leitura. A gente precisa trazer esses
programas, como o convívio com os autores”, sugeriu.
Segundo
Pereira, esse deve ser um trabalho conjunto e desenvolvido por entidades do
setor privado, organizações não governamentais e o Poder Público.
Preferências.
Entre
os leitores, 42% disseram ter o hábito de ler a Bíblia. Em seguida, entre as
leituras frequentes, aparecem os livros religiosos, os contos e os romances,
com 22% da preferência do público. Os livros didáticos são habituais para 16%
da população e os infantis, para 15%.
As
bibliotecas ganharam espaço como local de leitura. Em 2007 e 2011, esses locais
eram usados por 12% dos leitores. Na nova versão da pesquisa, referente a 2015,
19% dos entrevistados que costumar ler disseram usar a biblioteca para essa
atividade.
No
entanto, a casa ainda é o principal local de leitura, utilizado por 81% dos
leitores. Em seguida vem a sala de aula, com 25% da preferência dos leitores.
Apesar
de 77% dos leitores terem dito que gostariam de ter lido mais, 43% disse que
não o fez por falta de tempo. Entre os que não tem o hábito da leitura, 32%
alegou a mesma razão para não se aproximar dos livros. Outros 28% disseram
simplesmente que não gostam de ler e 13% que não tem paciência.
O
percentual das pessoas que disseram não ter problemas para ler caiu de 48%, em
2007 e 43%, em 2011, para 33%, em 2015. Entre os que têm dificuldades, a
limitação com maior número de menções é a falta de paciência (24%), em seguida
estão os acreditam que leem muito devagar (20%) e os que tem problemas de visão
(17%).
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