FONTE: *** Jairo Bouer (doutorjairo.blogosfera.uol.com.br).
Jovens com
deficiência intelectual são mais suscetíveis a situações de abuso, e a internet
só aumenta essa vulnerabilidade. É o que revela um estudo feito por uma equipe
da Universidade do Estado do Michigan, nos Estados Unidos.
Os pesquisadores
entrevistaram 28 adultos, com 27 anos, em média, que sofrem da síndrome de
Williams, uma condição genética que gera atraso no desenvolvimento e torna as
pessoas extremamente sociais e confiantes. Os dados foram publicados no
periódico Journal of Intellectual Disability Research.
O número de
participantes é pequeno, e a doença, relativamente rara. Mesmo assim, os
resultados são preocupantes. Dois terços deles afirmaram que enviariam fotos
para uma pessoa desconhecida em redes sociais como o Facebook. Eles também
disseram que aceitariam ir para a casa de uma pessoa que conheceram on-line e
teriam um relacionamento com elas sem que os pais soubessem.
A coordenadora do
estudo, Marisa Fisher, estuda a síndrome de Williams há mais de uma década.
Outros estudos conduzidos por ela mostram que indivíduos com essa condição, e
também com síndrome de Down e autismo, costumam passar por situações de
intimidação, roubo e abuso com alguma frequência.
Segundo ela, 86% dos
adultos com a síndrome de Williams entram em redes sociais quase todos os dias,
geralmente sem supervisão. Ela espera, com sua experiência, desenvolver um
programa de habilidades sociais que inclui regras de comportamento e segurança
on-line.
Apesar de a internet
ajudar indivíduos com deficiência intelectual a ter uma qualidade de vida
melhor, é preciso que essas pessoas sejam auxiliadas para definir configurações
de privacidade, por exemplo, e para ter discernimento ao aceitar convites.
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