FONTE: Tatiana Leite, TRIBUNA DA BAHIA.
Mas, será que existe mesmo uma frequência ideal?
Será todos os dias? Duas vezes por semana? Uma vez por mês? Afinal, como
podemos saber se estamos fazendo muito ou pouco sexo?
Você já
se surpreendeu pensando se sua frequência sexual estaria normal? Supondo pela
minha experiência no consultório, posso imaginar que sim. Estou certa? Muitos
casais acabam se questionando sobre o assunto, principalmente, quando ouvem
comentários a respeito vindos de outras pessoas.
Mas,
será que existe mesmo uma frequência ideal? Será todos os dias? Duas vezes por
semana? Uma vez por mês? Afinal, como podemos saber se estamos fazendo muito ou
pouco sexo?
Recentemente,
uma pesquisa realizada pela Universidade de Toronto-Mississauga com mais de 30
mil americanos em relacionamento estável reacendeu essa polêmica.
Segundo
o estudo, publicado pelo periódico Social Psychological and Personality
Science, para a maioria dos casais entrevistados a frequência sexual tem mais
impacto sobre sua felicidade do que o dinheiro, ou seja, os participantes que
ganhavam mais e tinham menos relações se consideravam mais infelizes do que
aqueles com menor renda e mais sexo.
Quanto
à frequência ideal, segundo o material esta seria uma vez por semana, mais do
que isso não alteraria os níveis de felicidade e bem-estar do casal e, em
compensação, menos poderia causar uma queda nessas sensações.
Mas,
você acha mesmo que essa máxima vale para todos? Espero que não, afinal
não é novidade que somos pessoas diferentes uma das outras e, portanto, temos
necessidades diferentes.
Assim,
se não podemos generalizar, também não podemos definir uma frequência normal ou
ideal. Quando colocamos dessa forma, sugerimos que, se não for como se espera,
existe uma anormalidade, o que não é verdade.
Apesar
de ninguém desejar que aconteça, é comum casais que estão juntos há muito tempo
sentirem uma diminuição do ritmo sexual. Nesse caso, o ideal é que, assim que
se perceba a mudança, o casal já procure adotar atitudes que ajudem no resgate
do relacionamento sexual. Nesse sentido, é importante estar atento para evitar
o aprofundamento de uma possível crise.
Agora,
se sua frequência sexual está diminuindo e essa não é sua vontade, vale a pena
investigar as possíveis causas para isso estar acontecendo.
Se, por
exemplo, o motivo é a diminuição do desejo por um dos membros do
relacionamento, talvez seja a hora de avaliar quais fatores podem ter
colaborado para seu parceiro chegar a esse ponto de distanciamento. Para
resolver um conflito como esse, às vezes, a melhor alternativa é buscar ajuda
de um profissional, então não perca tempo.
Outro
ponto que deve ser analisado refere-se à comunicação. É sempre muito importante
manter o diálogo aberto, conversar sem buscar culpados e, principalmente, sem
comparar o seu relacionamento com o de outros casais!
Evite
trazer modelos de referências do tipo: “Mas, fulana me disse que eles transam
todos os dias, olha como a vida sexual deles é quente. Percebe como eles são
felizes?”.
Projeções
como essa, podem conspirar contra a sua própria felicidade. Sem contar que,
quando o assunto é sexo, nem sempre as pessoas contam a verdadeira realidade
dos fatos.
Em
resumo, viva sua sexualidade da forma que achar melhor, as possibilidades são
inúmeras e não existem receitas prontas, nem manual de instrução, para aumentar
o desejo entre o casal.
Procure
manter uma conexão com seu parceiro e não deixe que os problemas aumentem de
forma que vocês não consigam enxergar oportunidades para o relacionamento.
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