FONTE: Paula Laboissière - Repórter da Agência Brasil, TRIBUNA DA BAHIA.
Os números, divulgados pela Organização Mundial da
Saúde (OMS), posicionam a epilepsia como uma das doenças neurológicas mais
comuns no planeta.
Aproximadamente
50 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de epilepsia, um tipo de
transtorno mental crônico que afeta homens e mulheres de todas as idades. Os
números, divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), posicionam a
epilepsia como uma das doenças neurológicas mais comuns no planeta.
No Dia Internacional
da Epilepsia, a entidade alertou que quase 80% dos casos
registrados globalmente estão em países de baixa e média renda. Os dados
revelam que três quartos das pessoas com a doença que vivem nessas localidades
não recebem tratamento adequado – ainda que o transtorno responda aos remédios
em até 70% dos pacientes.
“Em
muitas partes do mundo, pessoas com epilepsia e suas famílias sofrem com o
estigma e a discriminação”, destacou a OMS.
Doença:
A
epilepsia é caracterizada por convulsões recorrentes – breves episódios de
movimento involuntário que podem envolver uma parte do corpo ou todo o corpo,
algumas vezes acompanhados de perda de consciência e do controle da bexiga ou
do intestino.
Os
episódios de convulsão são resultado de descargas elétricas excessivas num
grupo de células cerebrais, sendo que diferentes partes do cérebro podem ser
atingidas pelo problema. As convulsões podem variar entre breves lapsos de
atenção e espasmos musculares até episódios prolongados e severos.
Uma
única convulsão não necessariamente significa diagnóstico de epilepsia, já que
até 10% da população global apresenta pelo menos um episódio desses ao longo da
vida. A doença é caracterizada após o registro de duas ou mais convulsões não
provocadas.
“A epilepsia
é uma das mais antigas condições reconhecidas no mundo, com registros escritos
datando de 4000 a.C. Medo, desconhecimento, discriminação e estigma social têm
cercado a epilepsia há séculos. Esse estigma permanece em diversos países
atualmente e pode impactar na qualidade de vida das pessoas com o transtorno e
suas famílias”, informou a OMS.
Sinais e sintomas:
As
características das convulsões variam e dependem da parte do cérebro
inicialmente afetada pelo transtorno e do quão rápido ele se espalha. Sintomas
temporários podem ocorrer, como perda de consciência, além de perturbações de
movimento, sensação (incluindo visão, audição e paladar) e humor.
Pessoas
com convulsões tendem a apresentar mais problemas físicos, como fraturas e
contusões provocadas pelos episódios, assim como taxas mais altas de condições
psicológicas, incluindo ansiedade e depressão. Além disso, o risco de morte
prematura em pacientes com epilepsia chega a ser três vezes maior que na
população em geral, sendo que as maiores taxas são registradas em países de
baixa e média renda.
“Grande
parte das causas de morte relacionadas à epilepsia em países de baixa e média
renda são potencialmente preveníveis, como quedas, afogamento, queimaduras e
convulsões prolongadas”, acrescentou a OMS.
Causas:
A
epilepsia não é contagiosa. O tipo mais comum, denominado epilepsia idiopática,
afeta seis entre dez pessoas com a doença e não tem causa definida. Já o tipo
de epilepsia de causa conhecida é denominado epilepsia secundária ou epilepsia
sintomática. As principais causas, nesses casos, são:
- dano cerebral provocado por lesões pré-natais ou
perinatais, como perda de oxigênio ou trauma durante o parto e baixo peso ao
nascer;
- anormalidades congênitas ou condições genéticas associadas a malformações cerebrais;
- ferimento grave na cabeça;
- derrame que limite a quantidade de oxigênio no cérebro;
- infecções do cérebro, como meningite, encefalite e neurocisticercose;
- determinadas síndromes genéticas;
- tumor cerebral.
- anormalidades congênitas ou condições genéticas associadas a malformações cerebrais;
- ferimento grave na cabeça;
- derrame que limite a quantidade de oxigênio no cérebro;
- infecções do cérebro, como meningite, encefalite e neurocisticercose;
- determinadas síndromes genéticas;
- tumor cerebral.
Nenhum comentário:
Postar um comentário