FONTE: CORREIO DA BAHIA ( ).
Do total, 53% dos
pacientes atendidos nos módulos assistenciais à saúde foram do sexo feminino.
Houve
redução nos casos de intoxicação alcoólica no Carnaval de Salvador, de acordo
com equipes de Saúde que atuam no Carnaval. Até as 6h da última segunda-feira
(27), os módulos assistenciais à saúde montados pela prefeitura contabilizaram
379 ocorrências por embriaguez, uma queda de 11,7% comparado com o mesmo
período do ano passado quando foram registradas 429 admissões por alcoolemia.
Apesar
da queda no número de foliões fazendo o uso excessivo do álcool, a quantidade
de mulheres que deram entrada nos módulos com o quadro de embriaguez continua
superando a de homens com os mesmos sintomas, como tem acontecido nos últimos
anos. Do total, 53% dos pacientes atendidos foram do sexo feminino.
Para
o secretário municipal da Saúde, José Antonio Rodrigues Alves, a preferência
por bebidas mais adocicadas, normalmente com maior teor alcoólico, tem
contribuído para acelerar o processo de alcoolemia entre o público feminino.
"As mulheres são mais afeitas a utilização de bebidas mais
adocicadas, com índice de teor alcoólico muito maior que as cervejas, por
exemplo. Isso faz com que elas tenham um processo de intoxicação mais
rápida", pontua.
O
médico Ivan Paiva, coordenador hospitalar e de urgência de Salvador, descartou
o mito de que o organismo das mulheres sejam menos resistentes à exposição ao
álcool que dos homens. "Não há diferença entre o organismo masculino e o
feminino no que diz respeito à recepção do álcool. A diferença está nos hábitos
adotados por cada um, como a escolha da bebida. O que pode ocorrer é que o
fígado daquela pessoa, homem ou mulher, que bebe com mais frequência, acaba por
desenvolver uma capacidade maior de metabolizar o álcool ingerido. E claro que
as bebidas mais fortes vão ter o potencial de levar o indivíduo ao estado de
embriaguez com mais rapidez”, diz.
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