FONTE: Nelson Rocha, TRIBUNA DA BAHIA.
Geralmente os sintomas passam despercebido.
De
acordo com estudos da Organização Mundial de Saúde (OMS), o uso de fones
de ouvido em volume alto por mais de 90 minutos por dia aumenta o risco de a
pessoa desenvolver zumbido ou perda auditiva dentro dos próximos cinco anos.
Segundo o IBGE 1 milhão de crianças e jovens (até 19 anos) tiveram algum tipo
de perda de audição, sendo que 80% dos casos os pais não perceberam os sinais
dos problemas com audição.
“Geralmente
os sintomas passam despercebido, pois o quadro é muitas vezes isento de dor,
secreção ou outros sinais mais evidentes. Mesmo algumas otites podem passar
despercebidas e alguns sinais indiretos como: A criança pede pra repetir, troca
letras na fala ou na escrita, ouve TV alto, está mais dispersa em suas
atividades cotidianas, irritabilidade e, às vezes, até agressividade, além de
ter um desempenho escolar aquém do esperado pra as crianças da mesma faixa
etária”, observa a médica Addriana Silvveira, especialista no assunto.
Ela diz
que é possível reverter o quadro dos afetados pelo problema. “ No caso das
otites de efusão – otites silenciosas, ou seja, sem sintomas de dor e secreção)
em muitos casos são reversíveis e sem sequelas quando o diagnóstico e a
intervenção forem precoces. Essas otites podem ocorrer após estados
gripais, em crianças com rinite alérgica ou com outros problemas
respiratórios. No caso das deficiências auditivas de origem genética
ou de origem infecciosa, estas têm que ser diagnosticadas logo ao nascimento no
máximo até os três meses de vida. Caso contrário, os prejuízos na linguagem e
desempenho escolar são enormes”.
Esclarece
ainda a médica que “existem vários exames destinados especificamente para
detectar precocemente a deficiência auditiva nos bebês. Na volta às aulas,
muitas escolas solicitam que os pais levem seus filhos para uma avaliação
otorrinolaringológica – da audição -. É o que nós, otorrinos, recomendamos
também para todas as crianças em idade escolar. Aliás, está é uma recomendação
da Organização Mundial de Saúde”, diz.
O
detalhe é que com a utilização constante de celulares, tablets e aparelhos de
MP3 com fones de ouvidos, os jovens podem sofrer de perda induzida por ruído. “
Que usem fones de ouvido com muita moderação, se possível com um volume que não
seja perceptível aos outros que estão próximos. Até mesmo o uso do celular
por muitas horas durante o dia pode causar prejuízos às células ciliadas
do ouvido interno – lesão por radiofrequência – podendo causar não só a perda
auditiva, mas também o zumbido”, recomenda Addriana Silvveira. O
tempo de uso é acumulativo, por isso o hábito de utilizar o equipamento com
volume entre 75 e 120 decibéis – a média recomendada é de 85 decibéis por no
máximo oito horas – durante todo o dia pode lesar a lesões auditivas
graves.
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