FONTE:
Gabriela Guimarães e Marina Oliveira, Colaboração
para o UOL (http://estilo.uol.com.br).
Homens e mulheres têm tempos diferentes no sexo.
Fisiologicamente, a ala masculina está preparada para atingir o nível de
excitação mais rápido – o que possibilita a ereção -, porque basta que uma
pequena quantidade de sangue flua para o pênis e enrijeça o órgão. “Já para as
mulheres se excitarem é preciso um fluxo sanguíneo maior, para preencher as
paredes externas da vagina, o clitóris, os grandes e os pequenos lábios. Leva
mais tempo, sem dúvida”, explica a terapeuta sexual Maria Cristina Romualdo
Galati, do Instituto Kaplan, organização não governamental que desenvolve
projetos e ações em educação sexual.
Há também uma questão cultural: os homens sempre
foram estimulados a expressar e a realizar seus desejos mais íntimos, enquanto
as mulheres há pouco tempo passaram a usufruir de mais liberdade sexual. “Não à
toa, muitas ainda precisam vencer inibições para se excitarem sexualmente”, diz
Maria Cristina.
Esses dois aspectos influenciam diretamente na
capacidade de atingir o orgasmo – e no tempo necessário para cada um dos pares
chegar lá. Nesse cenário, não é incomum que o homem goze antes da mulher, o que
pode ser bastante frustrante para ela. Mas, quando não há uma disfunção sexual
que exige tratamento médico, há maneiras de equilibrar esses ritmos, para que
os dois respondam afirmativamente à clássica pergunta: “Foi bom para você?”.
Troque de posição durante a transa.
O homem que quer prolongar a penetração tem que
aprender a controlar o tesão e não a ejaculação. Porque, uma vez superexcitado,
a resposta do corpo é involuntária: ele vai ejacular, queira ou não. Mudar a
posição sexual, ao perceber que o nível de tesão está alto, é uma boa
estratégia. Por exemplo, se o homem ou a mulher curte muito uma posição, por
exemplo a penetração por trás, é melhor deixar essa modalidade para quando já
estiverem bem próximos de gozar ou para depois do orgasmo dela. Até lá, vale
escolher posições mais excitantes para quem usualmente demora mais para se
satisfazer.
Sexo oral nele: use com moderação.
Embora cada indivíduo seja único, segundo a
sexóloga Carla Cecarello, mestre em Ciências da Saúde pela Unifesp
(Universidade Federal de São Paulo), o sexo oral é muito mais excitante para os
homens do que para a maioria das mulheres. Estimular o par com a boca durante
as preliminares pode provocar grande excitação e dificultar o controle do
orgasmo. Por isso, se o parceiro tende a se deixar levar pelo tesão, o ideal é
que o sexo oral seja feito quando a mulher já estiver satisfeita com o nível de
excitação e prazer alcançado na transa.
Não pule as preliminares.
Não adianta estimular a mulher partindo logo para
a penetração ou mesmo tocando diretamente os genitais dela. É preciso que as
carícias comecem lentamente – com beijos, abraços e toque em outras regiões do
corpo – para que ela se excite a ponto de desejar e pedir por estímulos mais
objetivos. Ao pular as preliminares, é mais difícil o homem manter o ritmo
intenso e controlado da penetração até que a mulher goze. Fora que, durante
esse aquecimento, pode até ser que ela chegue ao orgasmo, o que faz com que os
dois sigam para a penetração menos ansiosos.
Exercícios ajudam.
Algumas técnicas favorecem o controle
ejaculatório, conforme afirma a sexóloga Quetie Mariano Monteiro, do
Ambulatório de Medicina Sexual do Centro de Referência da Saúde da Mulher do
Hospital Peróla Byington, em São Paulo. Uma delas consiste em a mulher
estimular o pênis, com masturbação, até o ponto próximo de ejacular. “Então, é
só parar e fazer uma compressão suave na base do pênis, por três a quatro
segundos”, explica Quetie. O exercício deve ser reiniciado depois de 15 a 30
segundos. A sugestão é fazer isso três vezes e, então, permitir a ejaculação.
“Como a sensibilidade é uma questão muito individual, a intensidade da pressão
no pênis deve ser avaliada antes do exercício. Mas se houver dúvida ou se a
ejaculação for realmente difícil de controlar, é essencial procurar a
orientação de um especialista”, diz a sexóloga. Interromper a transa no momento
em que o homem sente que o orgasmo se aproxima também pode ajudar. Quando ele
perceber que o tesão está controlado, basta que o casal retome a penetração.
Diálogo é o melhor esquenta.
O casal precisa falar sobre sexo se o objetivo é
que a transa seja satisfatória para os dois. Até para testar as dicas sugeridas
acima, é preciso que o diálogo exista. “O que você gosta que eu faça?”, “Isso
dá prazer?”, “Você prefere que eu faça dessa forma?”, “Vamos tentar algo
novo?”. Todas essas perguntas são úteis e podem ser feitas ao par antes,
durante e depois do sexo.
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