Todo
mundo já experimentou a sensação ao menos uma vez na vida: um ruído intenso na
audição que incomoda e preocupa. Na maioria das vezes, ele passa rapidamente,
mas em outras pode ser crônico. A seguir, saiba o que causa
zumbido no ouvido:
O que é zumbido no ouvido?
Antes
de saber o que pode ser zumbido no ouvido é necessário entender sua
origem. Tinnitus ou tinido é o nome dado ao fenômeno em que é criado um
barulho dentro de uma pessoa que mais ninguém consegue ouvir.
O
otorrinolaringologista Jamal Azzam, membro da Associação Brasileira de
Otorrinolaringologia, explica que geralmente este problema é gerado em uma
parte do ouvido chamada de cóclea. Essa estrutura é responsável por transformar
ondas sonoras em impulsos que chegam ao cérebro e são reconhecidos como som,
tudo isso em uma parcela de segundos.
No
entanto, qualquer lesão na cóclea faz com que seja emitido um estímulo elétrico
mesmo sem haver som exterior, gerando barulhos anormais como zumbido, apito,
chiado ou pulsação.
O
médico ainda complementa que 90% dos casos são acompanhados de perda
auditiva.
Causas de zumbido no ouvido.
Veja
quais são as causas mais comuns de zumbido no ouvido:
Bruxismo.
Um
dos sintomas de bruxismo e de disfunções na mandíbula é o zumbido no ouvido.
Ele ainda pode vir acompanhado de dor na região, na cabeça e na mandíbula.
Envelhecimento.
A
natural degeneração do aparelho auditivo devido à idade também pode acarretar
em perda auditiva e zunido.
Estresse e
distúrbios mentais.
Uma
pessoa estressada, ansiosa ou depressiva tem mais chances de desenvolver o
ruído no ouvido, seja em consequência ou anterior a ele (visto que aumenta
a sensibilidade auditiva).
Excesso de
cera.
Uma
quantidade excessiva de cera nos ouvidos, seja por falta de cuidado ou infecção
auditiva, também pode causar o problema.
Lesões.
Pessoas
que apresentam lesões anteriores, como no caso do barulho ouvido pela atriz Barbra
Sreissand, também podem piorar conforme
a idade avança.
Infecções
virais.
Micro-organismos causadores da
rubéola, herpes, caxumba, sarampo, zika ou o citomegalovírus podem provocar
infecções que lesionam o sistema auditivo.
Jejum, excesso de cafeína ou doces.
De acordo com o site da disciplina de
otorrinolaringologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
(USP), o excesso de café, refrigerantes e outras bebidas com cafeína
também gera o barulho.
O mesmo ocorre em relação aos
doces e ao jejum prolongado que, ainda não se sabe porquê, estimulam a
alteração.
Perda auditiva por ruído.
Ouvir música muito alta,
especialmente com fones de ouvido, prejudica a audição e acarreta em zumbido,
já que força excessivamente a cóclea.
Isso ocorre especialmente porque a
maioria dos fones de ouvido não impede que o barulho externo chegue aos
tímpanos, fazendo com que o usuário aumente o som excessivamente e agrida a
habilidade de ouvir cada vez mais.
Problemas do coração.
Problemas
circulatórios ou cardiovasculares e alterações bruscas na pressão arterial
também podem gerar o desconforto, assim como excesso de gordura ou açúcar no
sangue.
Uso de
medicamentos.
Alguns
remédios podem ter como efeito colateral o zumbido auditivo, especialmente os
antidepressivos, sedativos, antibióticos e anti-inflamatórios.
Tumor.
Em
casos raros, o problema pode ser gerado por um tumor no nervo do
ouvido que, apesar de incomodar, não é maligno.
Consequências.
O
tinido no ouvido pode ser um verdadeiro tormento. Como é mais notável no
período noturno, resulta em insônia e, consequentemente,
atrapalha todo o descanso e a qualidade de vida do portador.
O
otorrinolaringologista ainda acrescenta que o transtorno é tão intenso que está
diretamente ligado à depressão e até mesmo ao suicídio.
Tratamento.
O
tratamento varia de acordo com as causas e características do problema. Em
alguns quadros, mudança de hábitos e limpeza auditiva são suficientes, em
outros, são prescritos medicamentos que interagem com o sistema nervoso.
Ainda
há a opção de usar aparelhos auditivos que emitem um barulho na mesma
frequência e intensidade menor que o zunido, trabalhando a capacidade de o
sistema nervoso se adaptar até deixar de notá-lo.
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