Parece mágica, mas não é. Uma boa noite de
sono melhora a
qualidade de vida e, de quebra, ajuda a eliminar os quilos a mais. Saiba mais!
Foi realizada em 2013, pelo Instituto de Pesquisa e
Orientação da Mente (IPOM), uma pesquisa em que 69% dos brasileiros avaliaram o
próprio sono como ruim e insatisfatório, com problemas que vão desde a
dificuldade para pegar no sono até acordar diversas vezes durante a noite.
Dormir menos do que o recomendado (de seis a oito horas) pode afetar a saúde e,
muitas vezes, aumentar as medidas do corpo.
O sono desempenha
papel importante na regulamentação do peso corporal. Um estudo publicado no
periódico Annals of Internal Medicine sugere que é preciso dormir
tempo suficiente para obter bons resultados para emagrecer.
A pesquisa foi realizada com dez homens e mulheres acima
do peso que passaram por períodos de duas semanas em uma clínica do sono.
Durante esses períodos, eles foram mantidos na mesma dieta de restrições
calóricas. Em um dos momentos, os participantes dormiram de cinco a oito horas
por noite, enquanto no outro dia dormiram apenas cinco horas. Quando os
participantes dormiram de cinco a oito horas por noite, mais da metade da perda
de peso foi de gordura acumulada; no período em que dormiram cinco horas por
noite, apenas um quarto do peso eliminado foi de gordura.
Plamen Penev, pesquisador sênior e professor assistente
de medicina da Universidade de Chicago, e seus colegas de pesquisas descobriram
que, durante a restrição de sono, os participantes relataram ter sentido mais
fome durante o dia em comparação ao período em que dormiam oito horas – apesar
de terem consumido a mesma quantidade calórica. Também apresentaram níveis
sanguíneos mais altos de grelina acilada, uma das formas do hormônio
estimulador do apetite.
Entenda o organismo.
Durante o sono, o organismo produz leptina, hormônio
capaz de controlar a sensação de saciedade ao longo do dia. Por isso, pessoas
que dormem pouco produzem menores quantidades desse hormônio, e, com menos
insulina, o aproveitamento da glicose fica prejudicado. Quem tem o sono
restrito produz mais quantidade do hormônio grelina, que é capaz de provocar
fome e reduz o gasto de energia.
Esse método reduz a capacidade de obter energia dos
carboidratos e diminuição da atividade física. Além disso, a falta de sono traz
cansaço ao indivíduo, fazendo com que o corpo queime menos calorias, reduzindo
o metabolismo e, consequentemente, ganhando peso. A produção de hormônios,
principalmente o do crescimento, fica prejudicada, e é ele que ajuda a formar a
massa muscular magra – quanto menos massa muscular, menor será a queima de
gorduras. “A consequência é a ingestão exagerada de calorias durante o dia
todo, pois o corpo não se sente satisfeito”, explica a endocrinologista Sônia
Andrade. “Por isso, o necessário é dormir, no mínimo, oito horas diárias, para
estimular o metabolismo, conservar a energia e comer menos”, diz.
Durma bem.
Nada de cafeína seis horas antes de ir para a cama, nem
de jantar e deitar em seguida são recomendações que devem ser levadas em
consideração. “Para promover o sono é indicado consumir alimentos com alto
índice glicêmico, como banana e batata-doce, e fontes de triptofano, como
sementes de abóbora, no máximo duas horas antes de deitar”, orienta a médica
especialista em sono Luciane Mello, do Rio de Janeiro. Segundo a especialista,
dietas ricas em gordura podem influenciar negativamente o período de descanso,
enquanto as proteínas melhoram sua qualidade.
*** Por: Michele Costa | Adaptação: Web Evelyn Cristine.
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