Mesmo com visitas
frequentes a hospitais e contato com profissionais de saúde, 80% das pessoas
que carregam um risco genético identificável de alguns tipos de câncer
como o câncer de mama,
ovário, próstata e pâncreas não sabem disso, de acordo com
um estudo feito pela
Universidade de Yale que analisou a triagem genômica de mais de 50 mil
cidadãos.
Os participantes da
análise tinham, em média, 60 anos. Entre eles, 277 possuíam uma variante de
risco para BRCA, no entanto apenas 18% deles sabiam que possuíam este fator de
risco para câncer antes de serem informados pelo estudo.
Entre o grupo com a
variante, 16,8% dos participantes já tinham um câncer.
De acordo com a
pesquisa, que foi publicada no periódico JAMA Network Open, a maioria
das pessoas só descobre que elas carregam variantes associadas ao câncer nos
genes BRCA1 ou BRCA2 quando ela mesma ou membros da família recebem um diagnóstico
de câncer.
"Como um colega
disse, geralmente é preciso uma tragédia para as pessoas fazerem o teste",
disse Michael Murray, principal autor do estudo.
De acordo com o
pesquisador, usar o histórico familiar ou pessoal como fatores de risco para
incentivar que os pacientes façam exames não está funcionando. "Espero
que, um dia, possamos mudar isso com uma triagem eficaz baseada em DNA para
todos."
"Uma vez
identificado o risco, podemos aplicar ferramentas comprovadamente eficazes para
diagnóstico e prevenção precoces, e acreditamos que o conhecimento dos genes
por meio da abordagem de triagem genômica é uma oportunidade de diminuir a
incidência da doença e as mortes", conclui Murray.
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