O
ministro Rossieli Soares enviou requisição à Presidência para que os relógios
sejam adiantados só depois do dia 11 de novembro.
O ministro da Educação,
Rossieli Soares, pediu ao presidente Michel Temer e à Casa Civil que adiem o
início do horário de verão este ano por conta do Exame Nacional do Ensino Médio
(Enem). O primeiro domingo de provas, 4 de novembro, coincide com o início da
mudança nos relógios, que devem ser adiantados em uma hora, em parte do
território nacional. A Presidência da República ainda não respondeu ao pedido
do MEC.
Um decreto de dezembro
do ano passado, baixado por Temer, definiu o início do horário de verão no
primeiro domingo de novembro. Antes da edição do decreto, o Tribunal Superior
Eleitoral havia solicitado que o horário especial não coincidisse com o segundo
turno das eleições deste ano, marcado para o dia 28 de outubro.
Ao definir o dia da
prova do Enem, os técnicos do Ministério da Educação e do Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) não tinham levado em
conta a definição do horário de verão estabelecida no decreto de Temer editado
no final de 2017.
A data da prova do Enem
foi definida em edital em março passado, com provas marcadas para 4 e 11 de
novembro, primeiro e segundo domingo do mês.
Diante do choque de
datas percebido só recentemente, o Inep acionou o MEC para um adiamento do
início do horário de verão. Os órgãos pedem à cúpula do governo que a mudança
nos relógios só ocorra após o último dia de prova do Enem.
A principal dificuldade
será garantir a logística na região Norte do país, onde determinados municípios
ficam com até três horas de atraso em relação ao horário de Brasília. O
deslocamento de equipes e provas teria que começar ainda de madrugada nesses
locais. Em muitos deles só se chega de barco.
O MEC e o Inep não
trabalham com a possibilidade de mudança na data das provas. Toda a estrutura
já está contratada, como aluguel de salas de aplicação do exame e rotas de
transporte para escoar as provas. Não haveria tempo hábil para remontar toda a
logística, avaliam técnicos do governo.
Entenda as mudanças de
datas.
A primeira alteração da
data de início do horário de verão, que agora está marcada para 4 de novembro,
foi pedida para evitar atrasos na apuração dos votos e na divulgação dos resultados
das eleições. Um dos exemplos é o Acre, onde as urnas seriam fechadas três
horas depois da contagem de votos já ter sido iniciada nas regiões Sul, Sudeste
e parte do Centro-Oeste. Se houvesse horário de verão, o resultado das eleições
presidenciais só começariam a ser divulgados após às 20h de Brasília.
Com o início
coincidindo com o dia da primeira prova do Enem, existe a possibilidade de
muitos candidatos se atrasarem para o exame por não terem alterado seu relógio.
O fim do horário de
verão chegou a ser analisado pelo governo. Um estudo do Ministério de Minas
Energia apontou queda na efetividade da iniciativa, já que o perfil do consumo
de eletricidade não estava mais ligado diretamente ao horário, mas sim à
temperatura. Os picos de consumo foram registrados nas horas mais quentes do
dia.
Provas acontecem nos
dias 4 e e 11 de novembro.
Nesta edição do Enem,
as provas acontecem nos dias 4 e 11 de novembro. O exame deste ano trouxe ainda
uma novidade para os estudantes: a aplicação das provas de Ciências da Natureza
e Matemática terá 30 minutos a mais. Assim, no primeiro dia, os alunos farão a
prova de Redação, Ciências Humanas e Linguagens em cinco horas e meia. No
segundo dia resolverão Ciências da Natureza e Matemática em cinco horas.
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