terça-feira, 25 de setembro de 2018

60% DA POPULAÇÃO TERÁ NÓDULOS NA TIREOIDE EM ALGUM MOMENTO...





Conheça os sinais reais de alerta e os mitos acerca da doença.


Dados da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia indicam que 6 a cada 10 pessoas no Brasil terão nódulos na tireoide ao longo da vida. No entanto, somente 5% destes casos são malignos. Mas, o susto de um paciente ao notar algo errado com a sua glândula é enorme e por isso é importante atentar-se ao que deve ou não ser considerado nestes casos.

De acordo com o cirurgião de cabeça e pescoço especialista em tireoide, Dr. Emerson Favero, os nódulos tireoidianos são muito frequentes em especial nas pessoas com mais de 50 anos. "O que sempre indico é que o paciente ao suspeitar de algo, procure acompanhamento médico e realize os exames necessários, para evitar um sofrimento desnecessário, uma situação que gera ansiedade e estresse”, explica.

Confiar no médico escolhido para buscarem juntos um diagnóstico é fundamental nesta etapa. “Muitos nódulos são benignos e não precisam de cirurgia, apenas de acompanhamento clínico. A tireoide é muito importante para o organismo pois é a glândula é responsável pela produção, armazenamento e liberação de hormônios. Por isso, a atenção aos exames e ao diagnóstico correto”, afirma.  

Para ajudar a entender um pouco mais sobre os nódulos da tireoide e sobre as indicações de tireoidectomia, o especialista listou alguns mitos e verdades sobre o assunto. 

Confira:

1-  Realizar a cirurgia de tireoide indica câncer.
Mito: a tireoidectomia total é indicada sim em casos de nódulos malignos, mas também é uma solução para os casos de incômodo e desconforto do paciente, seja pelo posicionamento do nódulo, seja pelo comprometimento da respiração, seja por prevenção ou estética. Sempre o protocolo deve ser definido após exames específicos e avaliação médica.

2- Um nódulo visível sempre será caso cirúrgico.
Mito: independente do tamanho do nódulo e se é um ou se são mais, todos os casos só serão indicativos de cirurgia após a realização de exames específicos. O tamanho do nódulo pode indicar cirurgia caso esteja prejudicando a respiração do paciente, por exemplo, mas sempre só será definido após os exames obrigatórios. Em alguns casos, o nódulo é pequeno, mas os testes apontam algum nível de comprometimento que indica intervenção cirúrgica. O tamanho do nódulo não está relacionado ao diagnóstico. Por isso, sempre avalie com o seu médico.

3-A tireoidectomia total (retirada de toda a tireoide) obriga o paciente a se medicar pelo resto da vida.
Verdade: após o procedimento cirúrgico, os pacientes deixam de produzir hormônios tireoidianos e por isso passam a ter hipotireoidismo, que é a não atividade da glândula. Com isso, devem repor os hormônios com medicação diariamente ao longo de toda a vida.

4-  A cirurgia de tireoide é de alto risco.
Mito: envolve riscos como qualquer intervenção cirúrgica, mas a remoção parcial ou total da glândula têm índices baixos de complicações, variando entre 0,4 a 5%.

5- Quem remove a tireoide, perde a voz.
Mito: a alteração da voz pode ocorrer, pois a glândula da tireoide fica muito próxima do nervo laríngeo. Caso ocorra alguma lesão durante o procedimento cirúrgico, pode haver alteração ou comprometimento das cordas vocais. Mas não pode-se dizer que é uma condição garantida de quem se submeter à cirurgia.

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