Conheça os sinais reais
de alerta e os mitos acerca da doença.
Dados da Sociedade
Brasileira de Endocrinologia e Metabologia indicam que 6 a cada 10
pessoas no Brasil terão nódulos na tireoide ao longo da vida. No entanto, somente
5% destes casos são malignos. Mas, o susto de um paciente ao notar algo errado
com a sua glândula é enorme e por isso é importante atentar-se ao que deve ou
não ser considerado nestes casos.
De acordo com
o cirurgião de cabeça e pescoço especialista em tireoide, Dr. Emerson
Favero, os nódulos tireoidianos são muito frequentes em especial nas pessoas
com mais de 50 anos. "O que sempre indico é que o paciente ao suspeitar de
algo, procure acompanhamento médico e realize os exames necessários, para evitar
um sofrimento desnecessário, uma situação que gera ansiedade e estresse”,
explica.
Confiar no médico
escolhido para buscarem juntos um diagnóstico é fundamental nesta etapa.
“Muitos nódulos são benignos e não precisam de cirurgia, apenas de acompanhamento
clínico. A tireoide é muito importante para o organismo pois é a glândula é
responsável pela produção, armazenamento e liberação de hormônios. Por isso, a
atenção aos exames e ao diagnóstico correto”, afirma.
Para ajudar a entender
um pouco mais sobre os nódulos da tireoide e sobre as indicações de
tireoidectomia, o especialista listou alguns mitos e verdades sobre o assunto.
Confira:
1- Realizar a
cirurgia de tireoide indica câncer.
Mito:
a tireoidectomia total é indicada sim em casos de nódulos malignos, mas também
é uma solução para os casos de incômodo e desconforto do paciente, seja pelo
posicionamento do nódulo, seja pelo comprometimento da respiração, seja por
prevenção ou estética. Sempre o protocolo deve ser definido após exames
específicos e avaliação médica.
2- Um nódulo visível
sempre será caso cirúrgico.
Mito:
independente do tamanho do nódulo e se é um ou se são mais, todos os casos só
serão indicativos de cirurgia após a realização de exames específicos. O
tamanho do nódulo pode indicar cirurgia caso esteja prejudicando a respiração
do paciente, por exemplo, mas sempre só será definido após os exames
obrigatórios. Em alguns casos, o nódulo é pequeno, mas os testes apontam algum
nível de comprometimento que indica intervenção cirúrgica. O tamanho do nódulo
não está relacionado ao diagnóstico. Por isso, sempre avalie com o seu médico.
3-A tireoidectomia
total (retirada de toda a tireoide) obriga o paciente a se medicar pelo resto
da vida.
Verdade:
após o procedimento cirúrgico, os pacientes deixam de produzir hormônios
tireoidianos e por isso passam a ter hipotireoidismo, que é a não atividade da
glândula. Com isso, devem repor os hormônios com medicação diariamente ao longo
de toda a vida.
4- A cirurgia de
tireoide é de alto risco.
Mito:
envolve riscos como qualquer intervenção cirúrgica, mas a remoção parcial ou
total da glândula têm índices baixos de complicações, variando entre 0,4 a 5%.
5- Quem remove a
tireoide, perde a voz.
Mito:
a alteração da voz pode ocorrer, pois a glândula da tireoide fica muito próxima
do nervo laríngeo. Caso ocorra alguma lesão durante o procedimento cirúrgico,
pode haver alteração ou comprometimento das cordas vocais. Mas não pode-se
dizer que é uma condição garantida de quem se submeter à cirurgia.
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