Embora apresente um
crescimento maior do que o dos homens, o salário médio feminino fechou o ano
passado em R$ 2.708, enquanto o dos homens ficou em R$ 3.181
Com evolução de 2,1%, a
remuneração média dos trabalhadores brasileiros subiu para R$ 2.973, de acordo
com dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), divulgada ontem (28)
pelo Ministério do Trabalho. O salário dos cerca de 46 milhões trabalhadores
com empregos formais no setor público e privado, porém, mantém a discrepância de
anos anteriores na divisão por gênero.
Embora apresente um
crescimento maior do que o dos homens, o salário médio feminino fechou o ano
passado em R$ 2.708, enquanto o dos homens ficou em R$ 3.181. Os números
representam, respectivamente, variação positiva de 1,8% e 2,6% na comparação
com 2016. De acordo com o Ministério do Trabalho, em 2017 a remuneração média
das mulheres era 85,1% o valor da remuneração masculina, em média.
Em outras palavras, o
salário dos homens encerrou o ano passado 17,46% acima do das mulheres,
representados pelos R$ 473,16 a mais pagos, em média, aos trabalhadores do sexo
masculino. Os dados indicam que o rendimento está caminhando para uma menor
desigualdade entre os gêneros, porém a passos lentos. Em 2016, a remuneração
básica recebida pelas mulheres correspondia a 84,3% do salário dos homens. Em
2015, o valor da remuneração feminina era 83,4% o da masculina e, em 2014,
82,39%.
Divulgada anualmente
para elaborar estatísticas sobre o perfil dos trabalhadores, a Rais contém
informações sobre criação de empregos formais, classificação das vagas de
trabalho por setor econômico, região do país e divisão em categorias como sexo,
faixa etária e escolaridade. Para a remuneração, o Ministério do Trabalho já
divulga dados corrigidos pela inflação relativa a dezembro de 2017.
De uma forma global, os
números que foram a público na sexta-feira (28) indicam uma lenta
recuperação no número de empregos formais, pois foram criadas 221 mil novas
vagas em 2017, após perda de 3,5 milhões no estoque de vínculos trabalhistas
nos dois anos anteriores. Hoje também foi divulgada a Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), segundo a qual o Brasil tem 12,7 milhões
de pessoas desocupadas.
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