No
Brasil, 36 mil novos casos registrados todos os anos, atingindo ambos os
gêneros em igual proporção.
Os sintomas iniciais da
doença incluem diarréia ou constipação, fezes finas e que apresentem sangue e/ou
mucosa, inchaço na região abdominal, gases, fadiga ou falta de energia e perda
de peso súbita.
“É um tipo de tumor
maligno bastante frequente em homens e mulheres. Geralmente, a maior parte dos
casos ocorre após os 50 anos , entretanto , cada vez mais nos deparamos com
diagnósticos em pessoas mais jovens, a partir dos 30 ou 40 anos”, explicou a
oncologista Anelisa Coutinho, da Clínica Amo.
A especialista pontuou
que grande parte dos cânceres de intestino surgem a partir de lesões benignas,
que podem se transformar ao longo do tempo em tumor maligno.
"O recomendado é
realizar exames de triagem para detectar possíveis pólipos que possam vir a se
transformar em tumor, ou detectar precocemente um câncer em uma fase onde o
tratamento pode ser curativo”, afirmou.
Para pessoas que não
apresentam nenhum sintoma da doença, a Associação Americana de Câncer (American
Câncer Society) recomenda iniciar os exames a partir dos 45 anos de
idade. Já para aquelas que começaram a sentir os sinais da doença, a orientação
é procurar um gastroenterologista o quanto antes.
“Vale ressaltar que nem
toda pessoa que tem pólipo terá um câncer , assim como nem toda pessoa que tem
um câncer de intestino terá sangramento , e nem todo sangramento nas fezes será
em razão de um tumor. Mas a correta avaliação deve ser feita em todos esses
casos, sem demora”, aconselhou Anelisa Coutinho.
Nos estágios iniciais
da doença, o tratamento é cirúrgico, com retirada da porção do intestino onde o
tumor se encontra. Segundo Coutinho, em alguns casos haverá necessidade de
complementar o tratamento com quimioterapia. As chances de cura chegam a mais
de 90% quando a patologia é descoberta precocemente. Manter bons hábitos
alimentares, realizar atividade física regularmente e evitar o fumo são fatores
que ajudam a impedir o surgimento do câncer colorretal.
Para o
gastroenterologista Allan Rego, coordenador do Serviço de Gastroenterologia do
Hospital Cárdio Pulmonar, que, mais uma vez, aderiu à campanha Setembro Verde,
“Estudos americanos concluem que nascidos nos anos de 1990 terão o risco
dobrado de câncer de cólon e quadriplicado para tumores de reto quando comparados
a pessoas nascidas em 1950”. Ele acrescenta que “O câncer de intestino atinge
30 mil brasileiros por ano, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca).
Dados do instituto atestam que este é o segundo tipo mais comum de câncer entre
as mulheres, perdendo apenas para o de mama, e o terceiro mais comum entre os
homens depois dos de próstata e pulmão”.
O gastroenterologista
orienta também que o intervalo de tempo para se repetir a colonoscopia depende
do achado inicial, variando de um a 10 anos. “Além dos pólipos, a colonoscopia
pode diagnosticar outras doenças intestinais, como divertículos e doenças
inflamatórias”, completa Allan Rego.
A colonoscopia é
realizada após o preparo (limpeza) do intestino, utilizando-se uma medicação
que induz a diarreia. O preparo pode ser realizado em domicílio ou no hospital.
No Cárdio Pulmonar, alguns exames são feitos com o preparo no hospital.
“O internamento garante
maior segurança e conforto porque, ao tempo em que o paciente apresenta a
diarréia, ele é também hidratado e permanece sob vigilância médica e da
enfermagem até o momento do exame, realizado sob sedação, com a presença do
anestesista. A anestesia faz com que o paciente não sinta dor ou qualquer outro
desconforto”, pontua o coordenador.


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