Vestiários unissex nas dependências de piscinas públicas colocam mulheres
mais em risco de abuso sexual do que aqueles designados apenas para homens ou
mulheres.
A conclusão é de um levantamento publicado pelo jornal britânico
"Sunday Times" no domingo (2), que teve acesso ao número de queixas
deste tipo de violência no país.
Quase 90% dos casos de violência sexual, assédio e voyeurismo em
vestiários registrados na terra da rainha aconteceram em espaços neutros de
gênero. Além disso, dois terços de todos os casos de abuso sexual em centros de
lazer especificamente ocorreram neste tipo de vestiário.
Em números absolutos, das 134 queixas registradas entre 2017 e 2018, 120
incidentes aconteceram nos vestiários sem distinção de gênero, enquanto 14
abusos foram cometidos em espaços designados apenas para homens ou mulheres.
Os outros 46 casos aconteceram em áreas como a piscina ou corredores
deste tipo de estabelecimento.
Não são apenas os espaços públicos de lazer que oferecem vestiários e
banheiros com neutralidade de gênero no Reino Unido: centros esportivos e grandes
cadeias de lojas multimarcas, como a Topshop, oferecem este tipo de ambiente
para a prova de roupas.
No entanto, apesar de os vestiários neutros de gênero serem menos da
metade de todos os vestiários do país, o número está crescendo diante das
preocupações com cortes de custos e de oferecimento de espaços receptivos a
cidadãos trans.


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