quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

CRIANÇA COM FISSURA LABIOPALATAL PODE FAZER TRATAMENTO NO SUS...



Projeto garante tratamento para criança com fissura labiopalatal.

A criança ou o adolescente com fissura labiopalatal poderá ter assegurado o tratamento clínico, cirúrgico e de reabilitação no Sistema Único de Saúde (SUS).

É o que determina um projeto apresentado pelo senador Eduardo Braga (MDB-AM). A matéria (PLS 385/2018) aguarda a designação de relator na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH).

Eduardo Braga lembra que o SUS já oferece esse tipo de tratamento. De acordo com dados do Ministério da Saúde, no Brasil, em 2016, foram realizados 3.886 procedimentos cirúrgicos na faixa etária de 0 a 10 anos. Em 2017, foram 3.272. Em 2018, até outubro, foram realizados 2.692 procedimentos cirúrgicos.

Com base nos dados de 2017, porém, Eduardo Braga registra que em todo o Brasil existem apenas 28 centros habilitados para tratar crianças com essa malformação. A maior parte dessas unidades está localizada na região Centro-Sul — concentração que deixa 13 estados sem nenhum centro habilitado para a realização de procedimentos específicos do tratamento de fissuras labiopalatais.

Alcance.
O projeto altera o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069, de 1990) para a rede de atenção do SUS seja dimensionada adequadamente, com a garantia de que haverá pelo menos um centro habilitado em cada estado.

O projeto faz outras alterações para garantir assistência psicológica aos pais de filhos com qualquer malformação congênita. Também obriga o SUS a fazer exames visando o diagnóstico e o tratamento precoce de malformações, bem como prestar aconselhamento e orientação aos pais.

O autor registra que a criança com fissura labiopalatal começa a falar tarde e, no início, pode ter uma fala ininteligível. Os consequentes distúrbios de fala surgem na infância, durante o processo de aquisição e desenvolvimento da linguagem, e podem permanecer mesmo após a correção cirúrgica, tornando necessário o treinamento específico dos padrões corretos por meio de fonoaudiologia.

Segundo o Ministério da Saúde, a estimativa é que haja uma pessoa.

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