sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

MAU HUMOR CONSTANTE PODE SER SINAL DE DEPRESSÃO...


FONTE: Jordânia Freitas, , Salvador, https://www.trbn.com.br



Todo mundo já teve aquele “dia de cão”: acordou atrasado, esqueceu de colocar o lanche do filho na mochila da escola, ficou preso no engarrafamento e acabou perdendo a reunião importante no trabalho. Todas.


Todo mundo já teve aquele “dia de cão”: acordou atrasado, esqueceu de colocar o lanche do filho na mochila da escola, ficou preso no engarrafamento e acabou perdendo a reunião importante no trabalho. Todas essas situações juntas ou apenas uma delas pode justificar o fato de uma pessoa estar mau humorada. Porém, quando esse mau humor é duradouro e o indivíduo só enxerga o lado negativo das coisas, pode ser sinal de depressão.

“É a Distimia, uma depressão mais branda, que acontece por um tempo maior de dois anos, e tem como principal característica o mau humor de forma constante”, explicou o psicólogo clínico cognitivo comportamental, Rubem Vilas Boas. 

O especialista pontua que além do mau humor constante, as pessoas acometidas por Distimia também podem apresentar sintomas como baixa auto estima, apatia, tristeza, desesperança, irritabilidade, alterações no sono e apetite.

De acordo com Rubem Vilas Boas, normalmente são os familiares das pessoas que sofrem com a doença que indicam a procura de tratamento médico, isso porque muitas vítimas acreditam que estar sempre mau humorado é traço de sua personalidade e não um transtorno que necessita de tratamento psiquiátrico. 

Embora o diagnóstico de Distimia normalmente seja dado após dois anos de ocorrência dos sintomas, o especialista aconselha a procurar ajuda antes deste prazo, conforme perceber a prevalência dos sinais da doença. 

Vilas Boas destaca que a Distimia pode ocorrer por dois motivos: a baixa de hormônios que estão ligados a sensações de humor, comoendorfina e serotonina, ou pela dificuldade que o indivíduo tem de interpretar os fatos que acontecem ao seu redor.

“Algumas pessoas saem do controle com o mínimo de intervenção externa, outras, chamadas de resilientes, superam melhor até problemas graves. São traços de personalidade”, afirmou o psicólogo.
A Distimia tem tratamento e cura. O primeiro passo é procurar ajuda de um médico clínico para examinar a quantidade de “hormônios do humor” presente no organismo. O paciente será encaminhado para um psiquiatra que poderá prescrever medicamentos para estabilizar o humor.

“Em paralelo ao tratamento com o psiquiatra, pessoas que são diagnosticadas com Distimia precisam de acompanhamento através da psicoterapia, por meio da terapia cognitivo comportamental, para reconfigurar a percepção que tem dos eventos, normalmente baseada em crenças e na cultura do meio que vive”, finalizou Rubem Vilas Boas.

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