Todo
mundo já teve aquele “dia de cão”: acordou atrasado, esqueceu de colocar o
lanche do filho na mochila da escola, ficou preso no engarrafamento e acabou
perdendo a reunião importante no trabalho. Todas.
Todo mundo já teve
aquele “dia de cão”: acordou atrasado, esqueceu de colocar o lanche do filho na
mochila da escola, ficou preso no engarrafamento e acabou perdendo a reunião
importante no trabalho. Todas essas situações juntas ou apenas uma delas pode
justificar o fato de uma pessoa estar mau humorada. Porém, quando esse mau
humor é duradouro e o indivíduo só enxerga o lado negativo das coisas, pode ser
sinal de depressão.
“É a Distimia, uma
depressão mais branda, que acontece por um tempo maior de dois anos, e tem como
principal característica o mau humor de forma constante”, explicou o psicólogo
clínico cognitivo comportamental, Rubem Vilas Boas.
O especialista pontua
que além do mau humor constante, as pessoas acometidas por Distimia também
podem apresentar sintomas como baixa auto estima, apatia, tristeza,
desesperança, irritabilidade, alterações no sono e apetite.
De acordo com Rubem
Vilas Boas, normalmente são os familiares das pessoas que sofrem com a doença
que indicam a procura de tratamento médico, isso porque muitas vítimas
acreditam que estar sempre mau humorado é traço de sua personalidade e não um
transtorno que necessita de tratamento psiquiátrico.
Embora o diagnóstico de
Distimia normalmente seja dado após dois anos de ocorrência dos sintomas, o
especialista aconselha a procurar ajuda antes deste prazo, conforme perceber a
prevalência dos sinais da doença.
Vilas Boas destaca que
a Distimia pode ocorrer por dois motivos: a baixa de hormônios que estão
ligados a sensações de humor, comoendorfina e serotonina, ou pela dificuldade
que o indivíduo tem de interpretar os fatos que acontecem ao seu redor.
“Algumas pessoas saem do
controle com o mínimo de intervenção externa, outras, chamadas de resilientes,
superam melhor até problemas graves. São traços de personalidade”, afirmou o
psicólogo.
A Distimia tem
tratamento e cura. O primeiro passo é procurar ajuda de um médico clínico para
examinar a quantidade de “hormônios do humor” presente no organismo. O paciente
será encaminhado para um psiquiatra que poderá prescrever medicamentos para
estabilizar o humor.
“Em paralelo ao
tratamento com o psiquiatra, pessoas que são diagnosticadas com Distimia
precisam de acompanhamento através da psicoterapia, por meio da terapia
cognitivo comportamental, para reconfigurar a percepção que tem dos eventos,
normalmente baseada em crenças e na cultura do meio que vive”, finalizou Rubem
Vilas Boas.
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